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Ufba e Petrobras criam poço artificial de petróleo

O espaço, batizado de Laboratório de Elevação Artificial (LEA), foi construído para que se possa descobrir novas tecnologias de exploração

• 27/08/2011 às 11:03 • Atualizada em 26/08/2022 às 21:08 - há XX semanas

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A Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), na Federação, agora tem um poço de petróleo. Pelo menos no aspecto estrutural da coisa. É claro que, de lá, não vai sair um barril sequer do líquido preto. O espaço, batizado de Laboratório de Elevação Artificial (LEA), foi construído para que se possa descobrir novas tecnologias de exploração. A missão ficará a cargo de técnicos especializados que, juntos com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, participaram ontem da inauguração do empreendimento.
Campos de extração de petróleo aproveitarão as novas tecnologias descobertas na Ufba
O LEA contou com investimentos de cerca de R$ 2,4 milhão da Petrobras e é o maior laboratório do tipo no mundo. A unidade é capaz de reproduzir condições parecidas às encontradas nos poços reais de escavação de petróleo. Com direito até a uma máquina de bombeio, ele simula três poços de produção, em escala real, através de longos tubos. A grande diferença é a profundidade - 32 metros -, bastante inferior a de um poço real. Um dos coordenadores do projeto, Leizer Schnitman explica que cada tubo trabalhará um método diferente de elevação do fluido. “Um será o bombeio centrífugo submerso, o outro é o bombeio de cavidade progressiva e o terceiro ainda não foi definido”, contou. De acordo com Schnitman, a ideia é validar os experimentos para que eles possam ser utilizados em campo. “São testes de validade real, com equipamentos iguais aos que são usados na exploração de fato e que nos permitirão ter a noção de como o fluido se comporta diante das pesquisas”, observou. Outro coordenador do laboratório, Herman Augusto Lepikson destacou que a principal característica da estrutura é que ela permite enxergar o fundo do poço. “Isso facilita o controle e acompanhamento de como o fluido se comporta”. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, confirmou que a expectativa é de que os experimentos do laboratório possam ser aproveitados nos campos, não só da Bahia. Ele ressaltou que os campos baianos, que hoje totalizam 2,5 mil poços, produzem cerca de 48 mil barris de petróleo por dia, enquanto que, na Bacia de Santos (SP), um único posto produz 36 mil diariamente. “Então precisamos investir em tecnologias que possam dar um novo ânimo a essa produção”. Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Câmera, a ideia é poder agregar as tecnologias para se ter uma exploração com uma maior viabilidade econômica. “O número de poços hoje é insuficiente e quase que economicamente inviáveis”, lembrou. Centro Além de participar da inauguração do novo laboratório, Gabrielli assinou ainda um convênio para o investimento de R$ 25 milhões na construção do Centro de Tecnologia em Energia e Campos Maduros, que será implantado no Parque Tecnológico de Salvador, na Paralela, em parceria com a Ufba e o governo do estado.O local vai ocupar uma área de 5,8 mil metros quadrados e contará com oito laboratórios, também para desenvolver pesquisas na área de petróleo. De acordo com a coordenadora do centro, Cristina Quintella, o local vai atuar em quatro linhas de pesquisa: uma de recuperação especial de petróleo; outra de ensaios orgânicos e inorgânicos, que analisa a qualidade do produto; uma terceira de metrologia, para certificação; e mais uma de simulação. “Nossa ideia é poder ajudar a melhorar os projetos já existentes nessa área, além, é claro, de desenvolver novas ideias”. Segundo Cristina, pelo período de cinco anos, os experimentos serão de exclusividade da Petrobras. Depois disso, poderão ser licenciados. A previsão é que o Centro fique pronto no final de 2013. Bahia terá US$ 9 bi até 2015 Na próxima segunda-feira, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, apresentará o Plano de Negócios da companhia 2011-2015. Segundo ele, estão previstos investimentos de 224,7 bilhões de dólares, sendo que, destes, US$ 9 bilhões para a Bahia. Por aqui, contou Gabrielli, o dinheiro será investido na atividade de exploração tanto na terra quanto no mar, além do terminal de gás na Baía de Todos os Santos e Biocombustíveis. De acordo com o Plano de Negócios, 95% dos investimentos serão no Brasil e os outros 5% nos Estados Unidos.

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