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Uma das cidades mais novas da Bahia foi retratada em livro

Barracas no Nordeste Baiano lutou muito para ser emancipada, inclusive, teve revogada a Lei que deu "independência" a cidade

• 25/09/2014 às 20:03 • Atualizada em 30/08/2022 às 16:33 - há XX semanas

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Situado na Messorregiaão do Nordeste Baiano e na Microrregião de Serrinha, Barrocas é uma cidade de um pouco mais de 14 mil habitantes. Ela que já foi distrito de Serrinha, conquistou a sua emancipação em 30 de março de 2000 e se destaca por ser um dos mais novos da Bahia com apenas 14 anos, ao lado do município de Luis Eduardo Magalhães.
A população festeja a "independência", mas a comemoração poderia ter sido antes, há 28 anos, quando foi eleito o seu primeiro prefeito. Mas em 31 de dezembro de 1988 foi solicitado o cancelamento da eleição e revogação da Lei que eleva Barrocas a categoria de cidade. Os pedintes, cinco eleitores da região, entraram com o recurso alegando inconstitucionalidade e após ter tido status de "município", voltou a ser Distrito de Serrinha.
Em fevereiro de 2011, foi lançado um livro que conta toda a história de Barrocas, com descrição, fatos e fotos de personagens que revelam a cidade de forma detalhada e genuína e descortina os bastidores da política que impediram a emancipação da cidade. Os autores João Gonçalves Pereira Neto e Tiago de Assis Batista escreveram a obra para marcar o aniversário de 11 anos de Barrocas.
Uma das histórias relata o cenário dramático de uma cidade sem lei como segue abaixo:
Um dono de venda Valentão
Quando Barrocas era apenas um pequeno povoado com a estação no meio, havia aí um comerciante dono de venda que, aos sábados, matava boi, carneiro, bode e porco. Esse cidadão, que vou chamá-lo de Briguento, para não ser identificado, costumava trazer soldados de Serrinha para jogarem baralho, à noite, numa dependência nos fundos de seu estabelecimento. Era outro indivíduo tido como valentão e brigador na localidade.
Um dos frequentadores desse local era um sujeito da Fazenda Malhada Redonda. Também era metido a valentão. Em uma daquelas sessões de jogo, aconteceu uma briga entre esse fulano e um soldado. O militar sacou o revólver e atirou no rival, que tombou no chão como morto. Apavorados, todos correram e o soldado desapareceu.
Como o tiro não havia atingido um órgão vital, o cara permaneceu vivo; conseguiu sair se arrastando e pedir socorro. Foi levado a Serrinha, onde recebeu os cuidados médicos, tendo sido recuperado. O médico aconselhou-o a deixar de fazer arruaças. Ele voltou a Barrocas, porém, tempos depois, foi encontrado morto, dentro do mato, à beira da estrada que vai de Barrocas a Coité. Depois do crime, nada aconteceu àquele soldado nem ao organizador do jogo de azar. Os policiais que deveriam reprimir tal tipo de jogo, eram os primeiros a acobertá-lo e a participarem também.
Fonte: Livro "BARRROCAS, Origens, Fazendas, pessoas, Política, Fatos que a História não contou" de João G.P.Neto e Tiago de Assis Batista - 2011. Veja também

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