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MÚSICA

Diversidade musical marca homenagem ao TCA

Concerto da Osba e Neojiba teve participações de Gilberto Gil, Baby do Brasil, Saulo e Filhos de Gandhy

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Redação iBahia

05/03/2017 às 8:29 • Atualizada em 31/08/2022 às 23:58 - há XX semanas
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Se o Teatro Castro Alves (TCA) é a alma da cultura baiana, Gilberto Gil é uma das chamas que a mantém acesa. Foi essa a energia que tomou a Concha Acústica lotada na noite deste sábado (4), no concerto que celebrou os 50 anos do TCA. A Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) e os Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba) se reuniram no show que também homenageou Gil.

Gilberto Gil canta com a Osba e Neojiba, regida pelo maestro Carlos Prazeres (Foto: Evandro Veiga)

A diversidade musical que já passou pelos espaços do Teatro Castro Alves estava representada na noite de comemorações, tendo como base arranjos de orquestra. Saulo apresentou hits como Raiz de Todo Bem e A Luz de Tieta, enquanto Baby do Brasil mostrou toda a sua irreverência ao entoar Brasileirinho e A Menina Dança. Já ao grupo Filhos de Gandhy coube reverenciar a obra do mestre Gil com canções como Filhos de Gandhy, Andar com Fé e Patuscada de Gandhy.

O músico, que viveu muitos momentos importantes da carreira no palco “cinquentão”, também se apresentou na festa com a animação de um menino. O senhor de 74 anos cantou Estrela e depois sucessos da Tropicália, como Domingo no Parque e Panis Et Circenses. “Enquanto nós cantarmos, haverá Brasil”, sentenciou o artista, fazendo referência ao compositor e teatrólogo Adroaldo Ribeiro Costa.

Baby do Brasil se apresenta na Concha, em homenagem ao TCA (Foto: Evandro Veiga)

“Foram quatro dias de ensaio, dois dias duplos, num momento em que os artistas estavam muito cansados depois do Carnaval, mas todos com muita alma para colaborar, cientes de que a gente está passando por um momento mágico, histórico”, comentou o maestro da Osba Carlos Prazeres, regente do concerto que também teve no set list peças de Vila Lobos, Francisco Mignone e Arturo Márquez.

Já no final da tarde, o público começou a chegar para assistir ao show. A aposentada Neima Oliveira era uma das que aguardavam com ansiedade a apresentação. Sentada na primeira fila, ela acredita que sua própria história está ligada à do centro cultural, que deveria ter sido inaugurado em 1958, mas por conta de um incêndio só abriu as portas nove anos depois.

“Estive presente no primeiro concerto da Concha Acústica. Tinha apenas quatro anos e vim com a família. Sempre frequentei todos os espaços do teatro, mas a Concha sempre foi meu favorito”, contou a aposentada.

Primeiro a subir ao palco, Saulo interpreta Caymmi e Caetano Veloso (Foto: Evandro Veiga)

A animação também contagiou que tem quase o dobro da idade do teatro. Aos 98 anos, a aposentada Vanísia Leal de Araújo estava na primeira fila. “Sempre frequentei o TCA, especialmente balés, espetáculos de teatro e concertos de orquestras”.

A expectativa também era grande para quem, apesar da pouca idade, iria se apresentar no celeiro das artes baianas. “É o pólo de arte da cidade, onde todos os artistas querem estar. Tem uma energia especial que consagra”, disse Airã Saulo, de 23 anos, que há 9 toca viola no Neojiba.

Para a diretora artística do TCA, Rose Lima, o momento foi de concretização de uma nova fase. "Com a reinauguração da Concha Acústica, ano passado, a gente pôde concretizar a transformação desse espaço num complexo cultural. Ele tem alma, porque não apenas recebe espetáculos, mas também realiza projetos próprios, como o Domingo no TCA, Centro Técnico, Conversas Plugadas", disse ela, que há 10 anos atua na instituição.

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