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Grande expoente do arrocha, Nara Costa mantém sucesso popular

Há sete anos, desde que começou a fazer sucesso, ela só canta letras românticas e usa roupas provocantes

• 24/10/2011 às 18:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 12:44

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Nara Costa, 35 anos, ainda faz do jeitinho que o povo gosta. Há sete anos, desde que começou a fazer sucesso, ela só canta letras românticas, usa roupas provocantes e arrocha, arrocha, arrocha.... Lançou 14 discos - o mais recente, Romântica Vol. 14 -, mantém uma agenda cheia e planeja um DVD.Assim, se tornou uma das artistas mais populares da Bahia, também conhecida como a Rainha do Arrocha - embora o título tenha sido patenteado  por Nira Guerreira em 2009 e renda polêmica até hoje. “O que importa é que eu sou conhecida como Nara Costa onde eu vou. Se as pessoas me chamam assim, não posso impedir. Mas, infelizmente, teve toda essa polêmica desnecessária”, diz. Visita Em sua casa, porém, em Ipitanga, Lauro de Freitas, Nara Costa reina absoluta. Casada há quatro anos com seu empresário - e também policial - Anativo Neto, 31, e mãe de dois filhos, Ana Carolina, 2 anos, e Eduardo, 16, é ela quem  administra a rotina das crianças, acompanha a reforma da casa e define todos os detalhes. Como as cores das paredes. Numa manhã ensolarada, a artista recebe o CORREIO no  portão, de  bermuda jeans comprida, blusa  e chinelo e, em seguida, indica o caminho para a sala. “Como era para ser uma coisa bem à vontade, não me arrumei, não. Estou como fico em casa mesmo, não era pra ser assim?”, questiona. Desencanada, Nara Costa posou como estava  para as fotografias, em vários cômodos da casa. A cantora mora no mesmo local  há sete anos, desde que decidiu sair de  Candeias - cidade onde ela e o arrocha nasceram -, para ficar mais perto da capital, na  época que o novo ritmo estourou nas rádios populares de Salvador, em 2004. Gordinha feliz  Por conta disso, Nara - a primeira mulher a cantar arrocha - ganhou projeção nacional e  participou  de programas importantes como o Domingão do Faustão e Fantástico, da TV Globo. Também  lançou a música Arrocha, composição de Anjinho que se tornou um  clássico do gênero. “Essa é uma música que não pode faltar. Foi um divisor de águas na minha carreira, não posso negar”, conta, enquanto se ajeita na cadeira e acompanha com os olhos os movimentos da filha pequena. O mais velho estava no colégio. A forma descontraída de lidar com o corpo também a ajudou a conquistar outros  fãs: “Eu me amo do jeito que eu sou. Me adoro gordinha. Nunca fui magra e não quero ser. Não deixo de fazer nada por isso e adoro  usar  roupa curta e decotada”, assume. E completa: “Também não gosto de academia e, quando vou caminhar na orla, alguém sempre me para e perco o ritmo. Uma vez fui de  boné e óculos e um rapaz falou pra mim: ‘você acha que eu não ia te reconhecer com essa bunda?’”, lembra, aos risos, a cantora, que também já foi paquerada por mulheres, levou  beliscão em lugar íntimo e até foi motivo do fim de um casamento. “Uma vez fiz uma apresentação e vi um cara com uma mulher, mas que ficava olhando muito pra mim. Um tempo depois voltei à cidade e a mesma mulher apareceu no camarim para agradecer por estar solteira, porque percebeu ali que ele não prestava”, revela. Nesse momento do papo, Nara Costa se levanta, vai até o quarto, no segundo andar da casa,  e volta, sorridente, com um envelope  cheio de  fotografias antigas. Algumas, bem curiosas.
Nara costa brinca com a filha, Ana Carolina, que adora tocar a violinha que ganhou da mãe
Ivete, Gal e Nana  Tem retrato dela cantando com a estrela Ivete Sangalo, em programa de TV e outras do início de carreira. Nara começou a cantar aos 13 anos e durante muitos anos fez shows de axé music e de MPB em cidades do interior da Bahia. “Acho que o amor pela música veio do meu pai, que tocava violão. Mas minha mãe não  queria que eu fosse artista. Mesmo assim, sempre fiz um show aqui, outro ali, cantando Gal Costa, Nana Caymmi, minhas referências”, afirma a cantora, que chegou a trabalhar como recepcionista de um hospital e vendedora de loja. Antes do arrocha, Nara também participou de grupos  em Salvador, como a Orquestra Afro-Baiana do Pelourinho e da Banda Didá.  Até que, a convite de um amigo que a ajudava na carreira artística, descobriu o novo ritmo - e fez sucesso. “Eu gostei da ideia e acabou dando certo. O arrocha é filho do bolero e da seresta, embora mais agitado e dançante. Tudo que tenho hoje agradeço ao arrocha. E nunca tive  preconceito com nenhuma música”, diz, segura. Agora, basta Nara Costa começar um show para que os seus fãs procurem um par. E, num clima caliente, todos logo arrocham.

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