Um dos maiores forrozeiros da atualidade, Adelmario Coelho é umas das principais atrações do projeto Arraiá 100% Brasil, promovido pela Bahia FM no dia 17 de maio, na Arena Fonte Nova. Por conta disso, ele falou ao
Portal iBahia sobre as surpresas que está preparando para o show, sobre os recém-completados 20 anos de carreira e o atual cenário musical baiano. Confira!
iBahia - Como um dos cantores mais relevantes do país, você acredita que o forró tradicional tem perdido espaço? Adelmario Coelho - Pelo contrário, tem sido representado de forma cada vez mais positiva. As novas gerações entendem o valor da cultura nordestina. O forró-pé-de-serra tem alcançado lugares extraordinários. Tocar forró em Salvador diariamente era raro 10 anos atrás. Juventude reconhece o valor da cultura nordestina.
iBahia - O que você está preparando para o show na Arena Fonte Nova? Adelmario - Estou comemorando 20 anos de carreira, então faço uma releitura de todo o meu projeto. Gravei um CD em cima desse tema, contendo as 20 canções mais consumidas pelo público brasileiro. Tem muita coisa interessante. E é esse o show que preparamos para essa turnê 2014. Já estamos nas rádios há muito tempo. E estou muito contente com o foco do projeto da Bahia FM, que é o forró-pé-de-serra, e tenho certeza que será uma festa muito bonita.
iBahia - De onde vem a inspiração para compor canções de tanto sucesso como 'Amor não faz mal a ninguém' e na nova canção 'Chá de Costas'? Adelmario - Veja bem, sou baiano vim pra Salvador com o intuito de servir o Exército e aqui tinha muitos músicos bons. E Luiz Gonzaga e Trio Nordestino eram uma referência musical, no conteúdo. i
Bahia - Além do público da 'velha guarda', os mais jovens também acompanham suas canções, você acha que isso se dar por conta da atualidade e factualidade das letras? Adelmario - Uma coisa que me deixa feliz é um garoto de 2 anos ir dormir ouvindo meu DVD. Esse é um relato de várias mães. Educadores usam esse conteúdo nas salas de aulas. É uma satisfação imensa e serve para eu saber que estou no caminho certo. Não falo de calcinha e 'bundinha' nas músicas. Falo de histórias que vão ficar pra posteridade. As músicas têm seriedade, conteúdo. Quero fazer canções de duração infinita, como 'Asa Branca'.
iBahia - Qual o balanço que você faz da sua carreira do forró no cenário musical baiano? Adelmario - Há 20 anos, o cenário era completamente diferente. Salvador tinha resistência a consumir essa música o ano todo. Lembro que os meios de comunicação só passavam esse estilo só no mês de junho. Hoje é bem diferente. Hoje as músicas são sucessos nas rádios. Quando ouvimos uma tocando na Bahia Fm, por exemplo, é uma satisfação imensa. E quando saímos para uma turnê internacional, somos muito bem compreendidos.