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Rei do forró temperado, Zelito Miranda fala sobre mistura no ritmo: 'A raiz sempre prevalece'

Para artista, a raiz é o que da a universalidade na música e faz com que ela abrace gerações

Bianca Andrade • 10/06/2022 às 8:00 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:34

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Não há como negar, um tempero faz a diferença. Experimente cozinhar sem uma páprica, ou açafrão, curry, pimenta do reino, chimichurri… Na comida, as especiarias dão aquele toque especial.

Mas e quando o assunto passa longe da cozinha? Ou até chega lá, para quem tem um radinho de pilha em cima da geladeira e só consegue cozinhar ouvindo alguém cantar… Musicalmente falando, o tempero faz a diferença?

O cantor Zelito Miranda é a prova de que sim, faz. Há mais de 35 anos fazendo o que ele chama de 'forró temperado', que mistura os instrumentos tradicionais do ritmo com a percussão baiana, o veterano leva o forró para o Brasil e para o mundo.

O tempero, no entanto, não deve ser confundido com a descaracterização do que é o forró. "Aluno" de uma escola regida pelo maestro Rosemberg Cardoso, Zelito conta ao iBahia que apesar de toda mistura, a raiz do ritmo é o que prevalece e o que faz o forró ser perpetuado.

"Se você for lá atrás no blues, nos Estados Unidos, no rock, no reggae, tudo isso, se renovou, mas a raiz prevalece. Eu não gosto do termo "tradicional", meu forró é temperado, eu gosto da mistura. Mas eu tenho uma coisa, eu mantenho a raiz de triangulo, sanfona e zabumba, porque eu acho que é super importante, é essa a raiz que dá universalidade. É a raiz que abraça gerações e motiva as pessoas", conta ao site.

O abraço de gerações é visto a olho nu nas edições do 'Forró no Parque', que em 2022 completa 13 anos de existência.

"O Forró no Parque é um projeto com 13 anos que já teve vários momentos da vida dele e eu fico muito feliz quando vejo no Forró do Parque, por exemplo, a plateia 50/50, 'metá-metá'. Vejo gente jovem e vejo quem me acompanhou através de gerações", diz o artista que ainda brinca: "Eu não sou tão velho não", risos.

No domingo (12), Dia dos Namorados, o cantor sobe ao palco do Largo Pedro Archanjo para mais uma edição da festa. Para o evento, Zelito recebe as bandas Flor Serena e Bailinho de Quinta. O show, gratuito, acontece a partir das 11h.

Além do Forró no Parque, que após dois anos de pandemia pôde voltar a ser realizado presencialmente, o veterano se anima com a retomada dos shows para o São João, primeiro grande evento a ser realizado desde 2020.

Ao site, o artista não escondeu o entusiasmo de poder colocar o pé na estrada e reencontrar o público.

"O forró foi premiado com essa retomada. Com o São João ser o primeiro grande evento a poder realizar a festa na sua totalidade. Fico muito feliz, apesar desse "karma" que é a Covid e o medo dos novos casos. Mas coisa ruim a gente tem que jogar para trás, e vamos tocar o nosso São João".

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