Com camisa social branca e instrumento na mão, Paulinho da Viola, 74 anos, subiu ao palco da Concha Acústica às 19h, de ontem, todo cheio de elegância. Sentou e começou a cantar uma das suas canções mais famosas, Tudo Se Transformou. Sua voz, no entanto, foi completamente abafada pelo público logo no primeiro minuto de show. O motivo? O chamado ‘senta/levanta’, protagonizado por algumas das pessoas que lotaram a casa para assistir ao espetáculo inédito Paulinho da Viola encontra Marisa Monte.
Alguns queriam ficar sentados, outros preferiam ficar em pé. Sem consenso, pipocaram gritos. Quem estava mais longe do palco não conseguiu ouvir nada. Foi o caso da engenheira Andressa Santana, 35, que deixou a irmã no fundo da plateia e foi até frente do palco para poder ouvir melhor. “Quando começou a discussão, ela não quis descer, mas eu vim. Paulinho fez parte da minha infância, precisava ouvir”, relata. Para o autônomo Wellington Santos, 35, mandar sentar é desrespeitoso. “É chato, as pessoas querem dançar. Ninguém tem obrigação de estar sentado”, afirma ele, que permaneceu em pé durante todo o show.
Quem frequenta o lugar, afirma que a celeuma não é novidade, como comenta o segurança na Concha Acústica, Leivy Rogério, 37. “Sempre acontece. Uma hora todo mundo senta, outra hora todo mundo levanta”, explica. Leivy ainda conta que ninguém se dirige até eles para reclamar. “Fica nessa discussão”, admite. Para a bancária Milena Almeida, o problema poderia ser evitado se houvesse uma recomendação prévia. “Deveria vir determinado no ingresso se o espetáculo seria em pé ou sentado. Acabaria com a confusão. Até porque, muitas vezes, isso atrapalha o show”. E atrapalhou mesmo. Até a terceira música.
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Redação iBahia
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