Ator disse que vai processar autor do áudio (Foto: Divulgação) |
Na gravação, nos bastidores do espetáculo, Botelho disse: "o artista no palco é um rei! Não pode ser peitado. Não pode ser interrompido por um nego, por um filho da puta!". Por causa dessa fala, Botelho está sendo acusado de racismo.
O áudio foi de uma discussão de Botelho com a atriz Soraya Ravenle, no camarim do Sesc Paladium, em Belo Horizonte, na noite de sábado (19).
"Já pedi ao Sesc as imagens das câmeras de segurança, tem uma bem perto do camarim onde eu estava. Não foi ninguém da minha equipe porque eu só trabalho com irmãos, não iam fazer isso comigo. Muito menos a Soraya. Foi alguém que botou um celular na porta do camarim ou ali perto. Eu vou descobrir", afirmou Botelho a coluna 'Gente Boa' do Jornal O Globo.
Segundo o ator, ele ainda não sabe a autoria do áudio, mas vai descobrir quem fez o ato que ele classificou como "vil". Ele também afirma que não ouviu o áudio completo, mas que está aborrecido com o conteúdo que já ouviu.
Sobre os comentários nas redes sociais comparando as escutas telefônicas do ex-presidente Lula em conversas com a presidente Dilma com o áudio vazado dos bastidores da peça. "Não tem essa de pimenta no c... dos outros é refresco", disse. Em seguida, o ator discorda dos comentários e diz que não é político e não está envolvido em nenhuma transação ilegal. "É uma escuta não autorizada. Eu estava dentro do meu camarim, no meu trabalho. Gravarem o que eu falei ali, num momento em que estava exaltado... Isso é uma situação criminal", reclamou Botelho.
Entenda o caso
A confusão começou durante uma apresentação do espetáculo 'Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos' na noite de sábado (19), em Belo Horizonte. Na metade do musical, o personagem de Botelho diz "era a noite do último capítulo da novela das oito". Mas Botelho resolveu acrescentar e falou: "era também a noite em que um ex-presidente ladrão foi preso". Ele citou ainda "uma presidente ladra".
'Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos' terminou em confusão no sábado (19) (Foto: Divulgação) |
Parte do público reagiu com vaias e gritos de "não vai ter golpe!" e "Viva, Chico!". Chico Buarque, inspirador do musical, é apoiador do governo do Partido dos Trabalhadores (PT). Botelho, então, teria respondido: "ah, não vai ter golpe, então vamos continuar o espetáculo e depois vamos ver se vai ou não ter golpe". Por meio de sua assessoria, Chico Buarque se manifestou dizendo que não vai mais autorizar o uso de suas canções no espetáculo.
Uma nova sessão da peça estava marcada para domingo (20), mas também foi cancelada. Pelo Facebook, a direção do Sesc Palladium comentou o caso.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade