Quando a cortina do Teatro Vannucci abrir, Cissa Guimarães entrará em cena, literalmente pela milésima vez, na pele de Beatriz (seu verdadeiro nome). É nesse clima de comemoração que “Doidas e santas” — com texto de Regiana Antonini inspirado no livro homônimo de Martha Medeiros e direção de Ernesto Piccolo — reestreia no Rio sexta-feira.
Há oito anos em cartaz, o espetáculo já foi visto por mais de 300 mil pessoas e percorreu 25 cidades do Brasil.
— Não esperava que isso fosse acontecer. Comecei a idealizar o projeto no fim de 2008. Tinha acabado de completar 50 anos e quis falar sobre essa nova mulher, que chega a essa idade com passado e muito futuro. Foi a primeira vez em três décadas de teatro que produzi uma peça. Fiz do meu jeito e com quem eu queria — afirma ela.
Além de ser um fenômeno teatral, “Doidas e santas”, que estreou em abril de 2010, foi fundamental para Cissa conseguir seguir em frente depois da morte de seu filho Rafael Mascarenhas.
— Em julho, aconteceu a passagem do Rafa. Voltar para o palco fez com que eu continuasse a respirar. Essa peça salvou a minha vida — conta ela, acrescentando que a equipe virou uma grande e afetuosa família. — No começo da temporada, a Josie ( Antello, atriz ) engravidou, e nasceu meu afilhado, que ganhou o nome de Rafael.
Para a atriz e apresentadora, o sucesso de “Doidas e santas” é uma conjunção de fatores:
— A Martha tem o talento de poetizar o cotidiano, e público se vê nas personagens. É uma comédia romântica que a gente faz de verdade. Tenho certeza de que as pessoas saem do teatro pensando — avalia Cissa, que coleciona histórias. — Uma senhora de 90 anos comemorou o aniversário assistindo ao espetáculo. Houve mulheres que foram assistir uma vez, depois voltaram com seus respectivos namorados e fizeram questão de falar comigo sobre a importância da peça. “Quero ver de novo” é a frase que mais escuto.
No ar com o programa “É de casa”, Cissa destaca o amor do brasileiro pelo teatro. — Só estou comemorando mil apresentações porque tive plateia. Um país sem cultura não existe.
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Redação iBahia
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