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NEM TE CONTO

"Evangélicos sofrem tanto preconceito quanto os gays", diz Nãna

"Por que eu deveria julgar a escolha de uma pessoa? Não temos esse direito", comenta

Redação iBahia • 15/06/2016 às 9:06 • Atualizada em 01/09/2022 às 15:12

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Após sete anos sem gravar, Nãna Shara, ex-SNZ, está prestes a lançar o primeiro trabalho gospel da carreira. Mas não espere da filha de Pepeu Gomes e Baby Consuelo algo tradicional. Pastora da Igreja Apostólica da Restauração, em Copacabana, ela quer que o CD “Novo céu” surpreenda. “Não se parece com nada do que já existe e ao mesmo tempo é uma mistura de estilos. Não é um disco de entretenimento, mas um instrumento de Deus”, avisa ela, que assinou contrato com a Universal Music Christian Group.
Casada com o pastor Brinco e há 15 anos convertida, Nãna conta que ela própria tinha muito preconceito com a música que “crente ouve”. “Meu marido tinha uma banda de rock e logo que se converteu queria gravar gospel. Eu dizia que não era uma boa ideia”, confessa. Preconceito, aliás, é uma palavra que Nãna entende bem. “Imagina! Venho de uma família à frente do seu tempo, com cabelos coloridos. Sofri e sofro preconceito pela minha escolha de ser feliz com Deus. Meus amigos achavam que eu tinha passado por uma lavagem cerebral”, observa ela, que em sua igreja aceita frequentadores gays: “Por que eu deveria julgar a escolha de uma pessoa? Não temos esse direito. Na minha igreja todos são aceitos. E evangélicos sofrem tanto preconceito quanto os gays”.
Nãna conta que seu encontro com Deus aconteceu após uma busca incessante pelo amor. “Sempre acreditei em amor para a vida toda e sofria com relacionamentos que não davam certo”, justifica ela, que sentiu muito a separação dos pais: “Para mim, eles eram a personificação desse amor durável e eterno”.

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Evangélicos Gays Polêmica Preconceito

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