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Famosos apontam atitudes racistas de brothers com Babu e Thelma

A jornalista e digital influencer Maíra Azevedo, a Tia Má, foi uma das que usou as redes sociais para destacar o racismo

Redação iBahia • 07/03/2020 às 10:43 • Atualizada em 31/08/2022 às 14:21 - há XX semanas

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Há sete semanas no ar, o “Big Brother Brasil 20’’ já levou para as rodas de conversa temas relevantes como sexualidade e feminismo. Nos últimos dias, uma outra pauta importante despertou a atenção do público graças a alguns comentários dos brothers: o racismo. Duas das sisters mais populares do programa, a atrizbbb20-rv1-1-24269906.html" target="_blank"> Manu Gavassi e a médica Marcela Mc Gowan, se tornaram alvo de críticas de telespectadores anônimos e famosos por causa de suas atitudes. A decepção de muita gente é ainda maior porque essas confinadas ganharam a admiração de inúmeros fãs ao levantaram a bandeira do feminismo no reality. Seriam elas militantes de uma bandeira só?

Foto: reprodução / TV Globo

Única mulher negra nesta edição do “BBB’’, a médica Thelma era, no começo da temporada, a preferida de Marcela para chegar à final, juntamente com Gizelly. Numa conversa recente, no entanto, a loura deixou Thelminha de fora ao selecionar os possíveis campeões. Muitos internautas julgaram que tratava-se de segregação. Outro momento que chamou a atenção de quem acompanha a atração foi Marcela zombando do fato de Babu estar há muito tempo na xepa, insinuando que era só mandá-lo para o paredão para ele poder comer o que quiser. Na mesma conversa, Daniel soltou a ‘‘pérola’’: “Não vejo a imagem do Babu aqui (VIP), eu vejo lá (xepa)’’. Já Manu Gavassi despertou revolta na internet ao fazer um elogio justamente a Marcela e Daniel: “Para mim, casal que a cor combina é muito forte. Esteticamente falando vocês são extremamente agradáveis. Parabéns’’, declarou Manu.

A jornalista e digital influencer Maíra Azevedo, a Tia Má, foi uma das que usou as redes sociais para destacar o racismo nos episódios citados:

— Frases como a de Manu e a do casal Marcela e Daniel revelam como eles olham para o povo preto sempre na função da marginalidade. O Brasil é um país racista. A grande questão é que ninguém se assume como tal. Ali, a gente vê essa postura nas sutilezas. Mas quem é preto no Brasil sabe dizer nitidamente que aquele olhar desconfiado que a gente recebe é racismo. Já vi Babu reclamando desses olhares dentro da casa.

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Nossa comoção é seletiva! Babu é reclamão, se posiciona, diz o que pensa, não fica em cima do muro e também comete erros, alguns de jogos, outros de posturas negativas mesmo! Daniel é irresponsável! Esquece com frequência o uso do microfone, o que prejudica todo o grupo, até mesmo quem nunca esqueceu! Não realiza nenhuma atividade, está sempre boiando e chegou com o bonde andando, trazendo informações de fora, e das quais ele se aproveitou! Marcela é a típica militante que levanta algumas bandeiras e outras nem se importa! A maioria das brigas de Babu é por comida! E sim, isso é algo desesperador! Passar por privações é histórico e quem já viveu isso guarda sequelas eternamente! Babu, praticamente, desde que chegou está na Xepa e Marcela com seu boy desdenhou disso! Fez piada e ainda disse: “poderia até tirar ele da Xepa, mas ele não está merecendo”, “ou então a gente coloca ele no paredão, para ele direto pra casa e comer o que quiser” isso aos risos! Quando Daniel, completa a pérola:” Não consigo ver Babu no vip, não combina! Só vejo na xepa!” ...Essas “sutilezas” cruéis que nós acompanham! Babu é isolado, encontrou apoio em um cara completamente equivocado que é o Prior, e passou a se comportar de forma tb equivocada, mas segue sendo respeitoso e agindo pelo grupo! Faz comida, lava os pratos, mas decidiram apenas que ele deve ser visto como um brutamontes! As falas de Daniel e de Marcela é aquele atestado de como enxergam pessoas como eu, como o Babu, que existe o lugar certo pra gente, e o nosso lugar nunca é o sucesso! Não foi brincadeira!Foi perversidade! Que a gente não seja seletivo com nossas indignações! Um homem que vem do morro, que mesmo sendo um ator premiado segue sem estabilidade não merece ser tratado apenas como um grosseirão, mas que gente não esqueça que o racismo enlouquece e acuado é natural reagir! Babu não teve direito de errar! Ninguém se comove com seu choro, da mesma forma que ninguém respondeu seu boa noite! Nos matam assim! Rindo e ainda nos culpando! #bbb #bbb20 #babu #babunaoeescravo #bigbrotherbrasil #babusantana #babubbb20

Uma publicação compartilhada por Maíra Azevedo (@tiamaoficial) em 4 de Mar, 2020 às 5:59 PST



Casado com Thelma, o fotógrafo Denis Santos, de 35 anos, afirma que o que a mulher e Babu passam dentro da casa é reflexo da vida real:

— Não tem nada explícito. Mas existem traços de um racismo estrutural. São coisas que já estão no comportamento do brasileiro. Quantas histórias a Thelma já me contou sobre o que ela passa? No trabalho, por exemplo, nunca a enxergam como médica. No “BBB’’, ainda percebo uma coisa mais forte com o Babu. Com Thelma é mais sutil.

Foto: reprodução

Para o compadre de Babu, o ator Hugo Rodrigues, de 39, o tratamento diferenciado de alguns participantes com ele e Thelma é notório:

— Quando Babu fala que tem um participante com olhares estranhos para ele, como uma patroa já teve, não é implicância. E, sim, porque ele não consegue se aproximar dessas pessoas. Há uma tendência de tentar silenciar as falas do outro. Mas pelo menos, estamos debatendo o assunto.

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