A virada de chave em "Renascer", que transformou personagens e limou outros da segunda fase da novela no texto de Bruno Luperi, segue rendendo em audiência e repercussão para a Globo.
Em 1993, ano em que a versão original estreou sob escrita de Benedito Ruy Barbosa, a trama recebeu críticas por conta da "barriga", termo usado para quando produções passam um longo tempo sem grandes acontecimentos.
Questionado pelo iBahia acerca de mudanças para deixar a trama mais ágil, em comparação com a segunda fase da primeira versão, Bruno Luperi deu as impressões sobre a novela do avô e falou sobre o curso do remake de "Renascer".
"Isso que falam de 'barriga' ali, acho que é uma característica de um trabalho longo, não tem uma tema que se possa discutir porque eu acho que se acelera muito as pessoas se perdem e dizem que não estão entendendo nada da novela", iniciou.
"Então a novela tem uma característica muito única de estar sempre em um banho-maria ali, acontecendo coisas, tem que ser para evoluir, mas achar esse grau de temperatura que, não ferve a água para não ir embora e também não esfria a ponto de não acontecer nada, é muito delicado", completou.
Harmonia nos bastidores de "Renascer"
Bruno seguiu falando sobre a paixão pela novela e disse que todos trabalham em harmonia para extrair o melhor de "Renascer" ao longo dos capítulos.
"Eu gosto muito da novela, então não sou crítico da novela, até a barriga eu entendo porque acho que é uma novela muito contemplativa, ela é muito poética", disse.
"Onde as pessoas veem barriga, eu vejo muita poesia, eu vejo muito no silêncio, eu não acho ruim, mas no meu trabalho, obviamente, eu espero que eu faça um trabalho pelo menos naquele nível, aquilo é muito grandioso e bom", seguiu o autor de "Renascer".
"Então tomara que não tenha essa barriga não, que as pessoas gostem e curtam. Eu sou mais contemplativo da natureza e do tempo, a direção ela é muito sensível também, a direção é cúmplice do nosso trabalho então tudo é bonito", finalizou Bruno Luperi.
