Se desde bem pequenininhos já pensamos sobre essa decisão, dizendo pra lá e pra cá que “quando eu crescer vou ser veterinária”, “professora”, “astronauta”, ou seja lá qual for, por que as pessoas erram tanto na escolha de suas profissões?
Leia também:
Primeiro, vamos ao questionamento: o que significa escolher a profissão errada?
Já faz algum tempo que a vida profissional deixou de ser apenas um meio de receber dinheiro para arcar com os prazeres das folgas e de se obter realizações pessoais. As evoluções tecnológicas e sociais contribuíram para que o trabalho fosse encarado de uma outra forma: hoje, trabalhar é sinônimo de sentir-se útil, conviver com outras pessoas, desenvolver-se intelectualmente e colaborar com um propósito significativo.
E quando isso não acontece, as consequências afetam os mesmos pilares: o profissional insatisfeito com sua carreira, devido a má escolha de profissão, pode acabar por se sentir desmotivado, estressado, desvalorizado, improdutivo e por não enxergar sentido naquilo que faz diariamente.
E, afinal, por que as pessoas escolhem a profissão errada?
Normalmente, o processo de escolha profissional acontece ao final do ensino médio, fase que antecede os vestibulares – o primeiro passo para a construção de uma carreira. Ou seja, essa decisão ocorre em uma etapa que os jovens tiveram pouquíssimo ou nenhum contato com a vida profissional e, consequentemente, não sabem como as profissões funcionam na prática.
Devido a falta de oportunidade de experimentar as opções, é comum que eles considerem suas aptidões escolares para guiar a escolha: saber se há mais afinidade entre as matérias de exatas, humanas ou biológicas pode mesmo ser um começo. Assim como fazer um teste vocacional para entender quais as áreas que você mais se identificaria. Mas isso pode não ser o suficiente para que você encontre um caminho que faça sentido seguir.
Também é comum que os jovens baseiem-se nas condições do mercado de trabalho e optem por profissões que oferecem as melhores remunerações ou com mais demandas de contratação para garantir a estabilidade financeira no futuro. Porém, nesse caso, é preciso entender o que é uma prioridade: o dinheiro ou o prazer de desempenhar um trabalho.
Outro fator que colabora com a escolha equivocada dos novos profissionais é a influência de terceiros. Muitas pessoas inspiram-se ou são induzidas a seguirem a profissão dos pais, por exemplo. O que é compreensível: em consequência de conviver com alguém de determinada área, passamos a conhecer melhor os aspectos daquele trabalho e, em alguns casos, tomamos interesse. Porém, guiar-se a partir da experiência de alguém que admiramos pode camuflar nossos reais interesses e ocasionar uma má escolha.
Para evitar erros, no momento da decisão profissional é importante considerar muitos aspectos. Mescle seu processo entre o autoconhecimento e entender as opções disponíveis. Pesquise o mercado, as ramificações de cada área, a demanda de vagas, a remuneração média praticada e outras informações relevantes. Assim, você pode eliminar o que definitivamente não é uma boa opção e se aprofundar mais naquilo que lhe despertou interesse. Por outro lado, volte-se para seu interior e foque no autoconhecimento: qual trabalho te encheria o peito de orgulho? Reflita sobre o quanto você deseja dominar determinado assunto, o quanto quer colaborar com determinada causa e o que te move a dar o seu melhor a cada dia.
Veja também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!