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Pela primeira vez, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) vai utilizar o recurso de audiodescrição (AD) nas visitas guiadas, para ampliar o acesso de deficientes visuais e intelectuais e o entendimento das obras da exposição 'Jorge Amado e Universal' - fotografias, folhetos de cordel, livros e objetos que contam a história do escritor baiano. As visitas, gratuitas, com grupos de até 15 pessoas, acontecerão de 1º a 14 de outubro, às terças, quintas e sábados, das 16 às 18h. A audiodescrição é realizada por profissionais especializados do grupo de pesquisa Tradução, Mídia e Audiodescrição (Tramad), da Universidade Federal da Bahia (Ufba), coordenada por Eliana Franco, professora do Instituto de Letras da instituição e especialista em Tradução Audiovisual. Uma das entidades confirmadas para as visitas é a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de Santo Amaro, no dia 9. A AD é feita em etapas e pode ser pré-gravada ou ao vivo. "Partimos da ideia de descrever o que se vê. Isso significa que se deve evitar informação desnecessária ou interpretação do conteúdo para o entendimento do público", explica Eliana. No caso do MAM-BA, a audiodescrição será ao vivo. A audiodescrição proporciona às pessoas com diversos graus de deficiência visual o acesso a filmes, peças de teatro, espetáculos de dança, exposições e outros eventos que têm a imagem como base de interpretação e compreensão. "Eu me afastei muito do cinema quando perdi minha visão por completo, justamente pelo vazio que sentia. Com a possibilidade do recurso da audiodescrição, pessoas como eu poderão voltar a frequentar as salas de cinema", afirma o diretor da Ong Arcca - Acesso e Reinteração à Comunicação, Cultura e Arte, Ednílson Sacramento.