A nadadora baiana Ana Marcela Cunha vai precisar dar um tempo nos treinos e competições nesta reta final de ano. A atleta descobriu no início deste ano que está com uma doença autoimune que destrói a produção de plaquetas sanguíneas. A pausa forçada será para preservar a saúde e manter o alto nível nas provas.
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De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Ana Marcela vai passar por um procedimento chamado esplenectomia e vai retirar o baço. A opção pela cirurgia foi tomada após conversas entre seu staff, médicos e especialistas no assunto. Ela deve ficar fora das competições de alto rendimento por até 45 dias, mas vai poder realizar treinos leves.
A doença foi descoberta uma prova em Salvador em que Ana se sentiu mal. Um exame revelou que ela tinha apenas 110 mil plaquetas no sangue, quando o normal é a concentração acima de 200 mil. Ainda segundo a Folha, desde abril a baiana passou a tomar diariamente medicamentos à base de corticoide para controlar a baixa quantidade de plaqueta. O tratamento teve a permissão da Agência Mundial de Saúde (Wada).
Ao lado do também dos baianos Allan do Carmo e Isaquias Queiroz, Ana Marcela Cunha era uma das esperanças de medalhas olímpicas para o Brasil nos Jogos do Rio de Janeiro. Apesar de não ter conquistado o pódio, ela segue como uma das referências do país em maratonas aquáticas.
"A decisão é para garantir, mais do que a carreira da atleta, a qualidade de vida da Ana como ser humano. Se ela continuar a tomar corticoide, quem garante que em quatro anos ela estaria em condições de ir a (Olimpíada de) Tóquio, em 2020?" disse o pai dela, George Cunha à Folha.
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