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Você dando F5 na página do mercado da bola na internet e nada! Liga a tevê no programa de esporte e tome sondagem, interesse, conversa, mas contratação que é bom... Os jornais ligam pra todas as fontes na corrida pela notícia. "Alguma novidade aí?". O mercado anda meio paradão, mas nem sempre a culpa é de Chumbinho, pelo Vitória, e Paulo Angioni, pelo Bahia. Tá todo mundo metendo a mão - consciente de que os clubes terão mais dinheiro nos cofres em 2012. É quando começa a vigorar o novo contrato da Globo pelos direitos do Campeonato Brasileiro. O Bahia, por exemplo, vai levar R$ 35 milhões, enquanto o Vitória barganhou algo em torno de R$ 30 milhões, mesmo na Série B. Bom para quem quer vender e para os empresários da bola. Basta dar uma olhada nos valores aí em cima. Thiago Neves fez um bom Campeonato Brasileiro pelo Flamengo, mas os árabes do Al Hilal querem R$ 18 milhões pelos direitos econômicos. O rubro-negro tentou parcelar, mas o sheik nem quer conversar. Caso semelhante ao de Vagner Love. O artilheiro do amor está liberado pelo CSKA para achar clube no Brasil, mas os russos querem R$ 24 milhões pelas trancinhas do camisa 9. E por aí vai. Montillo vale R$ 36 milhões? E Diego Tardelli, do time de Roberto Carlos, o Anzhi? O Palmeiras tem interesse, mas R$ 10 milhões?
Ba-Vi - Inflacionou, e se está difícil para os clubes do eixo RJ-SP-MG-RS, imagine aqui no Nordeste? Paulo Angioni e Newton Drummond, o Chumbinho, já disseram que Bahia e Vitória não têm como pagar. Então, restam as trocas, empréstimos ou a corrida por jogadores com passe livre. "O Vitória vai pegar emprestado, mas com opção de comprar os direitos do jogador no futuro", diz o executivo de futebol rubro-negro. "Nós estamos evitando pagar diretamente aos clubes, porque não se tem recurso", concorda o gestor da bola tricolor. O Bahia desistiu da contratação do volante Somália, do Botafogo, por causa do alto salário. Um dos empecilhos para as vindas de Zé Roberto e Ciro também é a pedida salarial. O Vitória tenta se articular. O Inter deve ceder jogadores. O Corinthians propõe opções para ter Neto Coruja. O mercado inflacionou. E sem gastar fica difícil contratar.
O que mudou no mercado da bola? Alguns elementos são importantes para entender a inflação do mercado da bola brasileira. Um deles é o próprio momento da economia do país. Enquanto Europa e EUA passam por uma crise, o Brasil continua crescendo, o que, claro, impacta diretamente na capacidade de investimento do nosso futebol. Mas, sem dúvida, a negociação dos direitos de transmissão do Brasileiro deu um incremento nas divisas dos clubes. Com o fim do contrato de três anos com o Clube dos 13, a Globo negociou diretamente com as equipes e a maioria delas conseguiu acertar valores bem maiores. Flamengo e Corinthians, os dois times de maior torcida no país, por exemplo, asseguraram algo em torno de R$ 100 milhões por ano, no acordo que vai de 2012 a 2015. E é nessa fatia mais gorda que clubes vendedores e empresários estão interessados. Inflacionam os valores pra compra e ainda os salários dos atletas. Pior: o mercado fica mais complicados para quem não pretende botar a mão no bolso, como Bahia e Vitória.
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