Em busca de alguém que "chute", Caio pensa em xará para domingo

Caio César estreou pelo Bahia contra o Cruzeiro

Quando o Bahia tem a bola no pé, a frustração é quase certa. Isso por conta da falta de objetividade nas jogadas ofensivas da equipe. O desafio é abrir espaço no meio da defesa adversária e arriscar. Os gols necessários não saírão de outra maneira. A bola parada não tem resolvido. Por isso, o técnico Caio Júnior está em busca de um chutador, de alguém que não tenha medo de mandar um petardo em direção ao gol. Quanto mais chutes, mais chances. O comandante tricolor acha que o xará Caio César pode ser esse cara e pretende usá-lo no domingo (26), contra o Atlético-GO. "Meu papel é tático. Vejo muito a parte tática e acho que eles (jogadores) estão em evolução, estão entendendo o que eu quero. Mas está faltando a parte ofensiva. Isso está nítido. Domingo nós temos a volta do nosso lateral-direito, o Neto, e o Souza, que provavelmente volta. Tenho pensado na possibilidade do Caio (César) também. Com essa semana cheia de treinos aí, acho que ele vai ter uma possibilidade, quem sabe, de começar. Nós precisamos realmente de jogador que faça gol, que chute a gol. Acho que esse é o papel mais importante do futebol", afirmou o treinador após a eliminação da Copa Sul-Americana. Com 14 gols marcados, o ataque do Bahia, 17º colocado na classificação da Série A, é o segundo pior do campeonato. Só o Sport está na frente do Tricolor neste quesito negativo, com 13 tentos anotados. O Dragão goiano, rival do próximo domingo, fez 19 e está uma posição atrás na tabela, com 15 pontos, um a menos do que o time comandado por Caio Júnior. "Sem dúvida nenhuma que esse jogo de domingo é um jogo decisivo, é confronto direto. Vocês viram, o Atlético-GO ganhou do Palmeiras, está há quatro jogos sem perder, vai ser um jogo dificílimo", alertou o técnico, que não se desespera com a situação do time no Brasileiro. "A questão do rebaixamento eu acho precipitado falar. Acho que a gente tem que fazer leitura. Eu cheguei no clube na 12ª rodada. Foram 11 jogos com oito pontos. Quando assumi a equipe contra o Palmeiras, o Bahia era o último colocado. Foi um desafio para mim. Nós tiramos já cinco pontos do último, que é o Figueirense. Há uma evolução. Foram oito pontos em sete jogos. Por um detalhe ou outro poderia ter mais pontuação, mas eu não estou satisfeito. Acho que tem que melhorar muito para, no mínimo, chegar no meio da tabela e pensar em coisa maior. Mas está muito aberto ainda, você ganha dois jogos e dá um salto. Tem muita coisa para acontecer", completou Caio. Quando ele estreou, no triunfo por 2 a 0 sobre o Verdão, o Bahia estava na laterna provisória do torneio, pois jogou na quinta-feira e havia sido empurrado, na noite anterior, para última posição pelo Atlético-GO.

Caio Júnior confirmou presença de Pitbull no banco

Retornos - Além da provável entrada de Caio César, o time terá outras mudanças. Mancini, suspenso, é quem deve dar lugar ao meia. Diones e Hélder, que vinham quebrando o galho nas laterais, também estão fora da partida de domingo por conta do terceiro amarelo. Neto, como dito por Caio Júnior, volta à direita, enquanto o lado esquerdo segue uma incógnita. O volante Victor Lemos e o garoto Jussandro são as opções. Fabinho e Souza, que ficaram de fora da última partida, devem retornar à equipe. Gabriel é dúvida e o atacante Cláudio Pibull, que ainda não estreou, vai para o banco de reservas. Jéferson, totalmente recuperado de cirurgia, pode entrar em campo após sete meses de espera. "A gente está encorpando a equipe", comemorou o treinador do Bahia, que não poderá comandar o time da área técnica, pois ainda tem três partidas a cumprir da pena imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Na Sul-Americana, contra o São Paulo, ele pôde trabalhar no campo, pois o gancho não vale para torneios internacionais. Leia mais notícias do Bahia