O abafa acabou em golaço. Cansaço extremo, Ba-Vi nos acréscimos e, mesmo cheio de baixinho na frente, tome bola pra área do Vitória. No meio do caminho, o desvio de Josa virou passe perfeito para um menino se tornar o personagem de mais um de tantos clássicos especiais. Aos 46, Pará deu o gás, ganhou de Caio na velocidade, passou Ayrton e, na saída de Wilson, fez a turma tricolor ir ao delírio na Fonte.Marquinhos Santos: "a torcida tem jogado junto conosco"Fahel: "graças a Deus não levei o terceiro amarelo"Marcelo Lomba exalta insistência tricolor no clássico Ba-ViNuma pegada de veterano, deu um tapa qualidade por cima do goleiro e, depois descobriu uma nova emoção no futebol. Gritou, tirou a camisa, chorou em seguida. Tomou amarelo. Que vacilo, juizão! Valia descumprir a ordem superior e aliviar para o garoto de 18 anos, que naquele instante acabara de saber o gosto do primeiro gol no profissional. Naquele instante, Pará, apenas 12 jogos no meio dos cobra criadas, merecia o Para...béns! Além de botar o Bahia na quarta colocação da Série A e cravar o aniversário de um ano sem o tricolor perder um clássico, o menino, que só nasceu em 1995, ativou a memória da torcida a retornar ao ano de 1994, quando Raudinei, também aos 46 do segundo tempo, empatou o Ba-Vi do histórico título estadual, no mesmo gol da Ladeira, também por 1x1.
Nos braços da galera, Pará ainda tentou empurrar o time à virada no restante dos acréscimos. Neste exato momento, Souza, que subiu mais cedo pro banho em virtude da expulsão aos 30, buscou uma televisão na porta do vestiário rubro-negro. Calção arreado e sem camisa, o Caveirão parecia não acreditar. Pudera: um menino lhe tirou o gosto de ser o cara do clássico: “Não vou dizer”, limitou-se a falar ao ser perguntado se iria revelar o teor de sua comemoração do primeiro gol sobre o ex-clube. E assim retornou "pirado" paro o vestiário.Enquanto isso, o árbitro goiano Wilson Sampaio encerrou a partida e, na saída de campo, Pará foi cercado por câmeras e microfones. Marcação cerrada, superior à que havia sofrido em campo, o lateral-esquerdo contou com a escolta da assessoria de imprensa do clube até o vestiário. Ainda barbeiro com as palavras, deu várias entrevistas, disse pouco e ao mesmo tempo muito ao lembrar da mamãe Eulenice no dia dela. “Só tenho que agradecer a Deus por tudo que está acontecendo com minha vida. Dedico o gol para minha mãe”, disse. Noite inesquecível, Pará agora está nos braços da galera azul, vermelho e branco.Notícia do Correio 24h Pará fica incrédulo com gol e deixa Caveirão irritado
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