iBahia > fervo das cores
Entrevista

Cantor Hiran diz em live que pessoas LGBTQIAPN+ são rejeitadas no rap

Artista falou sobre abandono do rap a pessoas LGBTQIAPN+ e sobre como carreira já está além da cena do rap nacional

Redação iBahia • 30/04/2023 às 15:20 • Atualizada em 30/04/2023 às 16:23

Google News siga o iBahia no Google News!

Grande nome da música baiana, o cantor Hiran agrada gregos e troianos na cena musical brasileira. Nascido em Salvador e criado em Alagoinhas, cidade a 100 quilômetros da capital, o cantor começou a carreira em bares da cidade, mas sempre ambicionou a vida de artista.

Inspirado pela mãe, descrita por ele como uma "mulher musical", Hiran conta que sempre foi criado com música em casa. "Na minha casa tem música da hora que eu acordo até a hora que vou domir", contou ele na live doFervo das Cores, do portal iBahia. Foi por causa dela que ele encontrou a cultura hip hop e se apaixonou pelo rap.

Ao assistir artistas como MV Bill, Racionais Mc's , Jay Z e outros grandes nomes do rap nacional e internacional, Hiran se imaginou vivendo do rap. "Eu sei que estava no interior, mas eu queria ser como aqueles caras", conta ele. Apesar disso, não foi graças ao rap que ele possui uma carreira na música. 

O artista afirma que apesar de ser reconhecido por outros rappers, ele foi apoiado por poucos.  Assumidamente gay, o artista fez um álbum sobre homofobia no rap e aponta que até hoje precisa falar das mesmas questões, uma vez que pessoas LGBTQIAPN+ ainda são rejeitadas na cena.

Além disso, ele destaca o abandono dos artistas  LGBTQIAPN+, que não compõem line-ups de festivais, nem recebem as mesmas oportunidades que outros artistas. "O rap me frustrou muito. o rap é excelente, incrível, mas ele é limitado", disse ele, que hoje já não se considera só um rapper. 

TAGS:

Fervo das Cores Hiran Live Fervo das Cores Rap Nacional

RELACIONADAS:

MAIS EM FERVO DAS CORES :

Ver mais em Fervo das Cores