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Modelo desabafa contra racismo no mundo da moda

Em rede social, a modelo reclamou do despreparo de maquiadores profissionais para cuidar da pele negra

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07/07/2015 às 18:06 • Atualizada em 27/08/2022 às 10:21 - há XX semanas
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Na última segunda-feira (6), a modelo Nykhor Paul decidiu expor uma face não tão glamourosa da indústria da moda. Em um longo texto publicado na sua conta pessoal do Instagram e dirigido às "queridas pessoas brancas do mundo da moda", a jovem, de 25 anos, do Sudão do Sul criticou os maquiadores profissionais das mais importantes Semanas de Moda Internacionais por seu despreparo ao cuidar da pele negra.Segundo Nykhor, que já desfilou para marcas de prestígio como Vivienne Westwood, Balenciaga e Rick Owens e fez campanha para Louis Vuitton, é um absurdo as modelos negras serem obrigadas a levar sua própria maquiagem para o camarim antes do desfile, o que não acontece com as modelos brancas. A modelo recebeu o apoio de seus seguidores e o post alcançou rapidamente mais de 3.600 curtidas.
Apesar de reconhecer que as modelos negras são menos chamadas para integrar os desfiles, ela não acredita que isso deva servir como justificativa para os maquiadores não chegarem preparados e tendo feito uma pesquisa prévia ao trabalho."Não tentem me fazer me sentir mal porque eu sou negra. É 2015, vão na Mac, Bobbi Brown, Make Up For Ever, Iman Cosmetics, Black Opal e até Lancôme e Clinique possuem estes produtos e muitos outros. Hoje existem tantas opções para a pele negra por aí!", protestou, deixando claro que a situação se repete nos desfiles de Nova York a Cape Town, passando por Londres, Milão e Paris."Moda é arte e arte nunca é racista, deveria incluir a todos e não apenas as pessoas brancas. Nós começamos a moda na África e vocês a modernizaram e copiaram! Por que não podemos fazer parte da moda de forma plena e igualitária?", questionou Nykhor Paul em outro trecho do texto.
De acordo com informações do site do canal GNT, essa não é a primeira vez que a modelo se revolta contra a indústria da moda. Ela já havia usado a rede social como um canal para apontar a falta de diversidade nos desfiles, declarando que se autodenomina um ponto preto. "Nós precisamos de mais modelos de cor no mundo da moda. E, por favor, não cubram a minha beleza natural." A modelo também é ativista da causa sudanesa e, em 2014, lançou a campanha We Are Nilotic, para chamar a atenção da comunidade mundial para a violência da guerra civil que assola seu país de origem, pedindo que as pessoas deixem de lado as suas diferenças étnicas.

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