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Museu remove exposição acusada de racismo por fazer comparações

Fotografias de pessoas e animais com as mesmas expressões foram colocadas lado a lado

Redação iBahia • 13/10/2017 às 14:18 • Atualizada em 27/08/2022 às 9:30 - há XX semanas

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O Museu Hubei Provincial, em Wuham, capital da província de Hubei, na China, decidiu remover uma exibição fotográfica após reclamações de que as obras seriam racistas. A mostra “This is Africa” incluía peças que exibiam fotografias de animais e pessoas negras lado a lado, realizando as mesmas expressões.

Numa das obras, uma criança negra aparece com a boca aberta, ao lado de um chimpanzé; outra mostra um homem mostrando os dentes ao lado da imagem de um leão, com a mesma expressão. Em comunicado, o museu informou que a exibição foi removida após reclamações de visitantes de origem africana, informa o “New York Times”.

A exposição de autoria do fotógrafo Yu Huiping estava aberta há três semanas, e seria encerrada nesta semana. Segundo a imprensa estatal chinesa, mais de 170 mil pessoas visitaram o museu neste período. O premiado fotógrafo, vice-presidente da Associação Hubei Photographers, visitou o continente africano mais de 20 vezes e não comentou a decisão do museu.



Em comunicado, o curador da exposição, Wang Yuejun, afirmou que a decisão de colocar fotos de pessoas e animais juntas foi dele, não do fotógrafo. “O alvo da exibição é principalmente o público chinês”, afirmou, acrescentando que a comparação entre pessoas e animais é comum na China e considerada um elogio.

O curador defendeu que muitos chineses se dirigem a familiares com referências ao horóscopo chinês, que tem animais como símbolos. “Em provérbios chineses, animais são sempre usados para admiração e elogios”, mas admitiu que após as críticas percebeu que “reunir as fotos de nativos africanos e animais atingiu os sentimentos” das pessoas e para “demonstrar respeito pela opinião dos nossos amigos africanos” as fotografias foram removidas.

O racismo contra negros é um problema comum na China, que passou décadas em relativo isolamento antes de se tornar uma potência mundial. Nesta sexta-feira, o aplicativo WeChat, o mais popular para troca de mensagens no país, se desculpou por um erro que traduzia “negro estrangeiro” como um xingamento. No ano passado, uma marca de detergentes criou um anúncio que mostrava um homem negro se transformar num chinês branco após ser lavado com o produto.

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