A cantora Sarajane foi a atração do Fuzuê desta quarta-feira (07), na Bahia FM. Em entrevista ao Mundo Bahia FM, a artista falou sobre a celebração dos seus 40 anos de carreira em 2024, além de comentar a sua contribuição para a consolidação do Axé Music no Brasil. Com diversos shows marcados para a folia deste ano, ela celebrou a coletividade artística para a valorização da Bahia.
"Durante todo esse processo dos 40 anos, a minha vontade era [no início da carreira] mais do que oglamourde fazer sucesso como cantora e, sim, movimentar a cultura, o turismo, fomentar a nossa cidade como tem sido hoje. Meu sonho era ver Salvador se tornar o Rio de Janeiro da vida, na época em que a cidade era a grande vitrine internacional. Ou seja, do artista não precisar sair da sua terra para ter a sua arte reconhecida e valorizada", contou.
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Para Sarajane, reconhecer a contribuição da periferia, da cultura afro e dos povos indígenas é essencial para o avanço de novas conquistas em diversos setores sociais, inclusive na cultura.
"Sempre fui uma artista que misturou as células rítmicas, assim como Carlinhos Brown, para que a gente pudesse chegar na Avenida e trazer a referência dos nossos antepassados, dos nossos irmãos que foram escravizados. Sempre falo que não sou rainha de nada, não criei nada, sempre busquei respeitar quem fez tudo isso, que foram os nossos ancestrais."
A artista ainda disse que incentivar novos artistas para o mercado, valorizar a história dos cantores antigos e acolher a diversidade é essencial para uma cultura livre e democrática, representando o legado do povo baiano. Neste Carnaval, com diversos shows marcados, ela promete trazer os hits que a consagrou, como "A Roda" e também um novo repertório.
"Têm músicas novas que gravei com Ivete, com Claudinha, BaianaSystem, Nininha Problemática, a gente sempre faz misturas. Cabe a todos nós trazer uma nova modalidade, questões atuais e mostrar que não é necessário preconceito. Eu procuro pesquisar o que está acontecendo e trazer para o meu show. Quando os artistas chegam e se juntam, é incrível perceber a potência dessa coletividade", conclui.
