Por causa das ações para conter a pandemia do novo coronavírus, profissionais de saúde têm compartilhado imagens dos seus rostos marcados pelo uso de máscaras e protetores faciais. Em alguns casos, os profissionais apresentam lesões de pele causadas pelo uso prolongado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), indispensável contra a doença.
Apesar de ser mais comum em quem trabalha na assistência à pacientes, o problema também pode afetar outras pessoas que estão usando máscaras por um longo período. Há registro de dermatite e dermatoses, as lesões por pressão, combinação de fricção e acúmulo de umidade com a utilização da máscara sob face.
Segundo a enfermeira Ana Gonzaga, supervisora do programa de Cuidados com a Pele da S.O.S. Vida, o problema é de fácil tratamento no início, mas pode se agravar se não for devidamente tratado.
“Lesões de pele podem parecer ocorrências simples, iniciando de maneira superficial com surgimento de marcas, hiperemia, conhecida popularmente como “vermelhidão”, podendo evoluir com piora, como o aumento do comprometimento cutâneo, trazendo consequências à saúde do profissional, que pode ser afastado da assistência, já que a ferida representa uma porta aberta para infecções, colocando ele ainda mais em risco", explica.
Ana orienta limpar o rosto e mãos com sabonete líquido de pH neutro, utilizar creme hidratante, mas com o cuidado de não ter corante na composição. O produto também deve ter secagem rápido e não ter lipídios em sua composição, já que a oleosidade poderia provocar o deslocamento da máscara e reduzir a vedação do equipamento.
Vejas outras medidas necessárias para evitar lesões na pele:
- Limpar a pele com sabonete líquido de pH neutro, principalmente nas mãos e rosto;
- Evitar produtos que tenham corantes na sua composição;
- Nas mãos usar substância emoliente rico em vitamina E, com capacidade de hidratar, amaciar e suavizar a pele;
- No rosto, uso de protetor diariamente, com substância umectante optando por produtos cosméticos com substâncias de hidratação ativa, para proteção de lesão por atrito, sem interferir no posicionamento correto da máscara;
- Aplicar cobertura profilática para reduzir o risco de lesão: espuma de poliuretano, silicone, película protetora, filme transparente ou placas de hidrocoloide, de espessura fina ou extrafina, para não comprometer a vedação da máscara na pele.
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Redação iBahia
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