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| Com dezenas de berimbaus, A Biribada abre desfile no fim de linha do Nordeste. Até terça, serão 27 grupos |
Em vez de se repetir com o Lepo Lepo, o Carnaval começa com uma batida diferente, ao toque do berimbau. Nada mais justo, em se tratando do Nordeste de Amaralina, área de dezenas de grupos de capoeira, onde o nome do circuito da folia leva o nome de Mestre Bimba, ícone do jogo.
Passavam das 20h quando o bloco A Biribada, que mistura toques de capoeira com diversos ritmos, abriu o desfile. No Carnaval do Nordeste, em vez de palco, há espaço para bandas de fanfarras, percussão e minitrios. Este ano, entre blocos de samba, sopro, travestidos, partido-alto e até um bloco com toques de candomblé, o circuito Mestre Bimba terá 27 grupos em sete dias.
Pela proporção, o Carnaval do Nordeste não é só folia. É também renda. Impressiona a quantidade de ambulantes, quase todos moradores. “A gente vê as pessoas trabalhando, ganhando seu dinheiro. É muito positivo”, diz o professor de dança Cleidson Salustiano, o Barata, 32 anos.
Histórico O Carnaval neste formato, com fanfarras, bandas de percussão e minitrios ocorre há dez anos. Desde 2013, a coisa ganhou corpo e o que era mero improviso passou a ter grandes demandas. A Associação dos Blocos Carnavalescos do Nordeste de Amaralina então resolveu pedir apoio aos órgãos públicos. “É o primeiro ano que teremos polícia exclusiva para nosso Carnaval”, revelou Luiz Eduardo Souto, presidente da associação. O nome de Mestre Bimba foi escolhido numa enquete feita com os moradores. A capoeira é coisa séria no bairro. Prova disso foi o cartaz empunhado, ontem, em homenagem ao menino Joel, pequeno mestre morto em ação da polícia, em 2010. “A gente quer mostrar que, apesar do Carnaval, não esquecemos das nossas reivindicações”, disse Silvio Conceição, um dos diretores do Biribada. Matéria original Correio 24h
Com diversidade musical, circuito em Amaralina leva nome de Mestre Bimba
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