As comemorações pelo dia da Independência do Brasil foram marcadas pelos desfiles das fanfarras e militares, mas também por protestos no Centro de Salvador. Logo após o início das festividades, no Corredor da Vitória, um grupo de manifestantes se reuniu com faixas e cartazes. Entre as reivindicações estavam o respeito aos homossexuais e apoio a ex-presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo de forma definitiva após a conclusão do processo de impeachment no Senado.
"Nem recatada e nem do lar, a mulherada está na rua para lutar", foram alguns dos gritos entoados durante a concentração nas proximidades do Teatro Castro Alves.
Foto: Clarissa Pacheco/CORREIO
Um dos organizadores do 'Grito dos Excluídos', o Padre Zé Carlos, da Paróquia de Nossa Senhora de Nossa Senhora de Guadalupe comemorou a participação popular. Segundo ele, a expectativa era de que cinco mil pessoas participassem do ato, que está na sua 22ª edição, mas até pouco antes do início do desfile a marca já havia sido superada. Segundo ele, além da questão política os manifestantes pedem por melhores condições de Saúde e Educação, e a manutenção dos Projetos Sociais.
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"Esse ano estamos com mais disposição, ainda mais pelo cenário político", disse o professor Jurandir Gregório, de 42 anos, participante assíduo do movimento. Já o Baba Cesar, do terreiro Ile Axé Alaje, cobrou uma delegacia para investigar crimes de natureza religiosa.
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"Nossas preocupação é uma delegacia. A intolerância religiosa vivida pelo nosso povo ainda ainda é muito grande, e o racismo também", firmou ele. Outros manifestantes usavam camisas e cartazes pedindo a saída do novo presidente, Michel Temer.
Foto: Clarissa Pacheco/CORREIO
DesvioPor conta dos protestos, os desfiles do Sete de Setembro precisou ser desviado para a Rua Carlos Gomes. O destino final das bandas e alas militares é a Praça Castro Alves.