'Fechar o hospital foi um tiro no pé", diz presidente do Sindimed

Após dois anos de crise financeira, o Hospital Espanhol atendeu seu último paciente na tarde desta terça-feira (9). De acordo com Francisco Magalhães, presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA), o primeiro sinal da crise começou com o fechamento da emergência em 2013 (ela foi reaberta dias depois) e há um mês atrás alguns médicos, que tinham relação com pessoas jurídicas, se reuniram e entenderam que o hospital não tinham condições de trabalho, além da falta de pagamento. Ainda segundo o presidente do Sindimed-BA,o fechamento do hospital foi um tiro no pé. " Estamos falando de quase 300 leitos, com vagas de UTI que foram desativados. Temos a intenção de recorrer à essa situação", ressaltou. O hospital disponibilizava 270 leitos, sendo 60 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e 12 de UTIs pediátricas.

Último atendimento foi realizado na tarde desta terça-feira (10)

Para reverter o caso, foi marcado para esta quarta-feira (10), às 14h no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na avenida Paralela, uma reunião entre o Sindimed-BA e o Ministério Público Estadual (MP-BA). Em agosto, os médicos do corpo clínico hospital Espanhol iniciaram uma paralisação devido a condições de trabalho, incluindo equipamentos básicos para o atendimento de pacientes.Segundo o Sindimed, a paralisação ocorreu por falta de medicamentos, suporte cirúrgico, raio X e até mesmo material de higiene.Ainda de acordo com o Sindicato, os médicos contratados através de Pessoa Jurídica estão sem receber os honorários e também aderiram à paralisação.