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SALVADOR

Força-tarefa apresenta diagnóstico para o Roberto Santos

Secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, fala em entrevista ao CORREIO sobre os problemas no hospital

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06/03/2015 às 10:10 • Atualizada em 01/09/2022 às 23:17 - há XX semanas
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Dois dias depois da publicação da reportagem que mostrou a superlotação na emergência do Hospital Roberto Santos, e a presença de um cadáver no banheiro usado por pacientes, o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, falou na quinta-feira(5) com o CORREIO sobre os problemas no hospital e as soluções buscadas pelo governo do estado.
Quando assumiu a secretaria, que problemas o senhor identificou no hospital?Problemas de superlotação na emergência, problemas de segurança no entorno do hospital. Uma série de problemas de ordem de controle administrativo do hospital que estava impactando na assistência (aos pacientes).
Alguma ação foi iniciada nesses últimos dois meses, desde que o senhor assumiu o cargoSim. Nós entendemos e identificamos que os problemas eram extremamente complexos, que envolviam desde a comunidade, com a realização de obras no entorno, problemas que envolviam a Secretaria de Segurança, a polícia, problemas de ordem financeira, administrativa, uma série de coisas. E com isso eu constituí uma força-tarefa, um grupo de trabalho para trabalhar durante o prazo de 90 dias, mapear os problemas e propor estratégias de ação para corrigi-los. Já estamos há 40 dias reunidos.
Legistas afirmaram que a lavagem de cadáveres necessita de espaço adequado. Existe esse espaço no hospital, aquele banheiro é um adicional?Não, veja só, existe um necrotério no hospital. Entretanto, esse hospital foi construído há quase 40 anos. Naquela época, o dimensionamento que eles fizeram no necrotério era para outra realidade da capital. Então, hoje acaba chegando um volume de pacientes muito maior e o necrotério ficou subdimensionado.
Então tem previsão também de ampliar o necrotério?Não, a previsão nossa é qualificar a emergência. Nós construímos uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ali. Aquela UPA é como se fosse um filtro. Ela deveria reduzir drasticamente o volume de pacientes que chegam na emergência do Roberto Santos. Nós precisamos que pacientes que chegam lá sejam pacientes que realmente precisem da emergência. Eles precisam ser retidos em outras estruturas de Salvador.
Quantos pacientes atendidos no Roberto Santos não eram para ir para lá?80%. E não é o único (caso). Os outros hospitais são a mesma coisa.
O Ministério Público questionou a identidade e as informações clínicas do paciente cujo corpo estava no banheiro. O senhor tem essas informações? Do que é que ele morreu?
Sim, do que é que ele morreu.Você está querendo saber a causa morte? É só a família. A gente não pode divulgar.
Havia macas empilhadas no setor da lavanderia. Um funcionário disse que estavam quebradas. Qual a situação delas?São camas hospitalares que estavam lá para ser higienizadas. Esse é um processo contínuo, você está sempre dando manutenção.

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