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Morre jovem baleado em ação da PM no Nordeste de Amaralina

Marcelo estava internado no HGE desde a noite da véspera de Natal, quando foi atingido. Outra vítima segue na unidade de saúde

Redação iBahia • 28/12/2022 às 13:56 • Atualizada em 28/12/2022 às 14:18

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O jovem de 19 anos que foi baleado durante uma ação de policiais militares no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador, morreu na madrugada desta quarta-feira (28). A informação foi divulgada pela família da vítima.

Marcelo Daniel Ferreira Santos estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE) desde o sábado (24), véspera de Natal. Ele foi atingido no abdômen e chegou a passar por cirurgia, mas não resistiu ao ferimento.

O jovem e Adeilton, de 34 anos, foram levados para a unidade de saúde logo após serem atingidos pelos tiros durante a operação. A outra vítima segue recebendo cuidados médicos no local nesta quarta-feira, ainda sem previsão de alta.

O corpo de Marcelo será enterrado no Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação, na quinta-feira (29). A cerimônia está marcada paras as 10h.

Caso

Segundo familiares, os policiais militares que participaram da ação chegaram na localidade conhecida como Capim atirando. Em entrevista à TV Bahia, a mãe de Marcelo contou na terça-feira (27) que o filho teria levantado as mãos, em sinal de rendição, mas teria sido atingido mesmo assim.

“Meu filho não tem o hábito de correr de polícia. Meu filho tem o hábito de pegar uma chuteira, um meião e ir para o treinamento dele, porque ele é esportista”, explicou.

O pai de Adeilton, que tem o mesmo nome que ele, também fez críticas à ação e contou que espera o secretário de Segurança Pública da Bahia, Ricardo Mandarino, melhore o treinamento dos policiais para que as situações não voltem a se repetir no bairro.

“O comando já entra na comunidade em pânico, eles [PMs] estão dando tiro na própria sombra. Qualquer movimento que o pessoal der, eles já querem atirar. Agora mesmo, eles fizeram uma ação covarde, praticamente ficaram em tocaia”, desabafou Adeilton.

Ainda na entrevista, o pai de Adeilton contou que ele foi baleado na perna e no braço, e que, até a terça-feira, já havia passado por cerca de quatro cirurgias, mas teve uma hemorragia no braço e foi necessário colocar um pino para estancar o sangue.

Os familiares das vítimas estiveram na terça-feira na Corregedoria da Polícia Militar para registrar o caso. Procurada pelo iBahia na terça-feira, a PM respondeu nesta quarta afirmando que a instituição já iniciou um processo de investigação para apurar as circunstâncias da ocorrência.

A situação também é apurada pela Polícia Civil, que registrou o caso. Segundo a polícia, a investigação foi iniciada no domingo (25) pelo Serviço de Investigação de Local de Crime, e, com a morte de Marcelo, passará a ser apurado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Além disso, conforme a polícia, policiais militares que participaram da ação no local serão ouvidos.

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