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SAÚDE

Como o uso de anticoncepcional pode afetar o desejo sexual

O ginecologista Luiz Carlos avalia como positivo os efeitos colaterais do uso contínuo desses tipos de medicamentos no organismo da mulher

Redação iBahia • 02/02/2021 às 16:43 • Atualizada em 28/08/2022 às 5:05 - há XX semanas

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O anticoncepcional pode prejudicar minha saúde de alguma forma? Essa é uma das muitas dúvidas que as mulheres podem ter com relação ao uso de contraceptivos hormonais. Os medicamentos são associado a fatores que mexem com a autoestima e o psicológico da mulher - do aparecimento de acnes, ganho de peso até a diminuição do desejo sexual. Com relação ao desejo sexual, o ginecologista Luiz Carlos Calmon, da Clínica Elsimar Coutinho, explica que acontece devido ao bloqueio do principal hormônio estimulante do sexo, a testosterona. Mas, como isso de fato acontece e o que afeta?
"Esses remédios por impossibilitarem a ovulação e fertilidade, também atrapalham a produção desse hormônio, que, diferente do homem, a mulher tem apenas o suficiente para uma boa resposta sexual, desde que bem estimulada. As que já possuem uma taxa baixa ou mediana, sentem, com a queda da testosterona, uma enorme diferença na hora do sexo”, explica Luiz Carlos Calmon.
Conforme o especialista, quase todos os métodos hormonais, por bloquearem a ovulação podem interferir no desejo sexual da mulher. Visto que existem aqueles que são derivados da testosterona, como por exemplo, a gestrinona. “ O método mais antigo de uso desse hormônio são os implantes. Nós observamos nas pacientes que utilizam este contraceptivo uma resposta sexual melhorada”, relata o especialista. Sendo assim, esta disfunção pode ser corrigida através do tratamento hormonal à base da testosterona, que, por ser bioidêntico as moléculas deste hormônio no corpo das mulheres, é o mais indicado para esta finalidade.
Os anticoncepcionais com hormônios são considerados os mais seguros e podem trazer muitos benefícios à saúde feminina. O Dr. Carlos avalia como positivo os efeitos colaterais do uso contínuo desses tipos de medicamentos no organismo da mulher, uma vez que, diminuem o risco de câncer de ovário, da doença inflamatória pélvica, evitam as cólicas menstruais, controlam o desenvolvimento de doenças como a endometriose e miomas uterinos, além de darem uma certa estabilidade de humor na maioria das usuárias. “Não há limite para o uso de contraceptivos hormonais. Exceto, se ocorrer alguma situação que indique sua interrupção, como uma trombose arterial ou venosa, ou ainda alguns tipos de cânceres. Fora isso, o uso pode ser feito até que elas venham a não precisar mais deles”, diz.
Embora os remédios anticoncepcionais com hormônios possam afetar a disposição sexual da mulher, existem também outros fatores que contribuem para essa perda da líbido, a questão emocional é uma delas . “A mulher é muito influenciada pelo meio e momento em que vive: filhos, trabalho, estresse e a própria pandemia, que levou muita gente a usar antidepressivo e outras drogas, tudo isso, em uma pessoa que já apresenta uma baixa testosterona, como as mulheres, causa a perda do desejo sexual”.

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