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SAÚDE

Estudo cria o mapa mais detalhado do cérebro até hoje

Em marco da neurociência, pesquisadores identificam 97 novas áreas no córtex

Redação iBahia • 22/07/2016 às 12:38 • Atualizada em 30/08/2022 às 11:06 - há XX semanas

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Com seus bilhões de neurônios, o cérebro controla desde atividades básicas de nossos corpos, como os batimentos do coração e a respiração, até mais sofisticadas, como o entendimento e uso de um idioma, o reconhecimento de padrões e a solução de problemas, que nos tornam distintamente humanos. E estas últimas são exercidas principalmente pelo córtex cerebral, a parte mais externa do órgão, conhecida por suas muitas dobras e curvas — as chamadas circunvoluções — e que já foi comparada a uma folha de papel amassado. Desde o fim do século XIX, os cientistas sabem que determinadas regiões do córtex podem ser associadas a funções e sentidos específicos, como a fala, a audição, o tato e a visão, e agora um novo e detalhado mapa cortical, saudado como um marco na neurociência e publicado na edição desta semana da revista “Nature”, vem melhorar enormemente essa compreensão. Com ele, os pesquisadores responsáveis esperam ajudar nos estudos que buscam revelar os problemas por trás, e possíveis tratamentos, para desordens e males como autismo, esquizofrenia, demência e epilepsia e até mesmo guiar as mãos de neurocirurgiões para que evitem danificar áreas que exercem papéis fundamentais no dia a dia dos pacientes, como as envolvidas na linguagem e nas funções motoras. Produzido por cientistas da Escola de Medicina da Universidade Washington, em St. Louis, no estado americano do Missouri, em colaboração com colegas de outras instituições nos EUA e no Reino Unido, o novo atlas do córtex cerebral mais que dobrou o número de regiões conhecidas do órgão, formando um mosaico ainda mais complexo de seu funcionamento. Ao todo, eles identificaram 180 delas em cada hemisfério cerebral, das quais 97 eram desconhecidas anteriormente e muitas delas subdivisões das que já se sabiam existir, e que agora podem ser incluídas no que se pode imaginar como “macrorregiões” corticais. E esta quantidade deve aumentar, já que os pesquisadores preveem ainda mais subdivisões à medida que os estudos forem aprofundados e as tecnologias de imageamento usadas por eles avançarem. — O cérebro não é como um computador que pode usar qualquer sistema operacional e rodar qualquer programa — compara David Van Essen, professor de neurociência da universidade americana e autor sênior do artigo na “Nature”. — No lugar disso, o software, isto é, como o cérebro trabalha, está intimamente correlacionado à sua estrutura, seu hardware. Portanto, se quisermos descobrir o que o cérebro pode fazer, temos que entender como ele está organizado e conectado.

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