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Evento na Avenida Paulista celebra o mês do design solidário

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11/08/2015 às 10:05 • Atualizada em 01/09/2022 às 4:42 - há XX semanas
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O foco no desenvolvimento das pessoas, e não no lucro, é a principal característica desse tipo de economia
Foto: Diego Camacho

Uma série de produtos de empreendedores sociais ficará em exposição e à venda até o próximo domingo, 16 de agosto, em espaços da Avenida Paulista, para celebrar o mês do design solidário, com debates, feiras, desfiles de moda e apresentações no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), Conjunto Nacional, Cine Belas Artes e Centro de Convenções Frei Caneca.

A ação é uma parceria da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol) e da prefeitura de São Paulo. Carlos Silva, 30 anos, de São Bernardo do Campo, era um dos expositores na tarde de segunda-feira (10) no Masp. A história dele é um exemplo de como o empreendedorismo solidário movimenta a economia de comunidades e grupos sociais.

Em 2012, ele fazia apresentações de dança de rua em semáforos. Com o dinheiro que arrecadou, passou a revender roupas de “marcas de bairro”, feitas por amigos. Há três meses, Carlos tem a própria marca de bonés. “Eu trabalho com marcas nacionais, de amigos meus, fortalecendo algo nosso e crescendo dentro do nosso país”, explicou.

Desde março, cerca de 300 experiências foram identificadas pela entidade em diversas áreas, como artesanato, costura, alimentação, agricultura urbana, catadores, cultura, entre outros.

A educadora da Unisol São Paulo, Erica Ribeiro, explica que a ação é parte de um projeto que busca mapear os empreendedores sociais da capital paulista e identificar as políticas públicas necessárias para estimular essas iniciativas:

“A ideia é entender qual é a cara da economia solidária de São Paulo. A cidade é o coração econômico do Brasil, é vista como centro industrial, e estamos trazendo uma outra lógica, outra visão de mundo, que é a economia solidária”.

Foco nas pessoas
Erica aponta, como característica deste tipo de economia, o foco no desenvolvimento das pessoas, e não no lucro. “Ela é baseada na cooperação, na auto-gestão. Não há, por exemplo, a estrutura patrão e empregado. As pessoas têm direito pleno de voz e voto e de tomada de decisão em cada um dos empreendimentos”, acrescenta.

Desde março, cerca de 300 experiências foram identificadas pela entidade em diversas áreas, como artesanato, costura, alimentação, agricultura urbana, catadores, cultura, entre outros.

Local de referência
Para a artesã e artista circense Elidy Moreira, 35 anos, um incentivo importante a ser dado pelo Estado seria a disponibilização de um local de referência para empreendedores sociais. “Assim como tem lá na Liberdade a feira dos japoneses, seria um local onde todo mundo soubesse encontraria produtos assim”, explicou.

Elidy produz e vende bonecas negras e representações de orixás e afirma: “É também uma forma de divulgar a nossa cultura negra, e de as pessoas perderem o preconceito. Orixá é luz”.

A programação completa do evento pode ser conferida aqui.

(Por Camila Maciel, da Agência Brasil)

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