A "PlantBottle" foi apresentada na Expo Milano
Imagem: Reprodução
Uma garrafa pioneira, feita de plástico 100% da cana-de-açúcar, foi anunciada em junho pela Coca-Cola. A inovação pode representar em um futuro próximo o fim da utilização do petróleo como matéria-prima para a produção de polímeros.
A "PlantBottle" foi apresentada na Expo Milano, conferência de tecnologia e alimentação. De acordo com a empresa, a embalagem se parece com as tradicionais. O sistema de reciclagem é o mesmo, por exemplo. Mas com um plástico feito a partir da cana e não do petróleo, a "pegada ambiental" deixada no planeta é muito menor.
Em 2009 a Coca-Cola já havia desenvolvido uma garrafa com 30% de plástico à base de planta. Essa versão já foi distribuída em 40 países nos últimos anos, em um total de 35 bilhões de embalagens. Nos EUA, já responde por 30% da produção. Em todo o mundo, representa 7%.
Calcula-se que, assim, 315 mil toneladas métricas de dióxido de carbono (CO2) anuais foram poupadas à atmosfera. Essa quantidade de gases poluentes seria o equivalente a queimar 36 milhões de galões de gasolina (ou 743 mil barris).
Escala comercial
Ainda não há previsão do uso das PlantBottles 100%. Mas uma empresa de biotecnologia fechou acordo com a companhia para produzir em escala comercial a invenção.
O objetivo da companhia é produzir e usar exclusivamente PlantBottles até 2020.
"A Coca-Cola está determinada a liderar o processo para livrar a indústria das embalagens descartáveis da dependência dos combustíveis fósseis e das energias não-renováveis", destacou um representante da empresa à CNN Money.
Eles alegaram também que vão ajudar empresas como Ford, Heinz, Nike, Procter & Gamble e SeaWorld a fazerem o mesmo com seus produtos.
Cana brasileira
O desenvolvimento das PlantBottles tem tudo para contribuir com a economia brasileira, uma vez que a Coca-Cola já adiantou que toda a cana-de-açúcar usada nessas novas garrafas vem do Brasil. Há também material secundário indiano - restos despejados a partir do processamento da cana naquele país.
A companhia também pretende usar novas tecnologias no futuro para transformar caules, cascas e restos de frutas em plástico orgânico.
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