O filme “A Lamparina de Óleo de Iaque” (França/China, 2003) foi indicado ao Oscar e é um dos exibidos pela 4ª Mostra Ecofalante
Filmes de diversas nacionalidades, a maioria deles inédita no Brasil, serão exibidos pela 4ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental de 19 a 29 de março, em salas de cinema da cidade de São Paulo. Classificados em seis temáticas para facilitar a orientação do público (cidades, recursos naturais, energia, consumo, biodiversidade e povos e lugares), são produções que raramente entram em circuito de cinema no Brasil, e que já foram exibidos em grandes festivais como Berlim, Tribeca, Sundance, Cannes, Locarno, Hot Docs, CinemAmbiente, dentre outros.
Dentre as questões abordadas estão matriz energética e esgotamento de recursos naturais; organismos geneticamente modificados; urbanismo e a vida nas grandes cidades; extração de recursos naturais por grandes corporações e suas consequências para o meio ambiente e para comunidades; localidades remotas e a dificuldade cada vez mais premente de manter tradições junto às novas gerações que querem ganhar o mundo e frente aos dilemas impostos pelas transformações do meio ambiente, dentre outras.
Oriente-se sobre os temas:
As cidades do século 21 apresentam vários dilemas, dentre eles talvez o mais gritante seja a especulação imobiliária e a expulsão de comunidades inteiras para locais cada vez mais distantes. Mas não só. Os filmes do tema Cidades abordam ainda este processo de gentrificação e a corrupção envolvidas em obras públicas para megaeventos esportivos, um olhar intimista sobre as favelas pelo mundo e a possível ressignificação e apropriação de espaços nestas megacidades.
Evidências apontam a necessidade de buscarmos fonte renováveis de geração de energia e abandonar o combustível fóssil. No entanto, apesar do aquecimento global, insistimos na exploração do petróleo e do chamado gás de xisto.
Os filmes classificados sob o tema Energia tocam nestes pontos e retratam como a mobilização popular pode mudar o rumo deste caminho. E ainda sobre a matriz hídrica e a necessidade de revermos a estratégia de grandes barragens e represas como a melhor alternativa à hidroeletricidade, a custo do sacrifício da biodiversidade e muitas vezes de tradições e territórios de comunidades inteiras.
Consumo consciente
A biodiversidade do planeta tem sido ameaçada pela devastação de florestas, secas, enchentes, mudanças climáticas e organismos geneticamente modificados. Grandes empresas têm se destacado no controle de patentes de sementes, dificultando a vida dos agricultores familiares. Os filmes desta temática refletem estas questões, mostrando ao mesmo tempo a beleza da biodiversidade e a necessidade de preservá-la.
O que consumimos afeta o equilíbrio do planeta e de nós mesmos. Este é o mote dos filmes do eixo Biodiversidade, que incluem a história por trás do que comemos e usamos, substâncias químicas, produtos de uso diário que estão todo tempo ao nosso redor e até o estrago que nosso lixo eletrônico produz em países subdesenvolvidos.
As diferentes formas de interpretar e significar o mundo em que vivemos, que se refletem na cosmogonia das diferentes culturas, estão presentes nos filmes da temática Povos e Lugares. Na Groenlândia, em Tuvalu, na Índia, na Sibéria, em Borneo, o homem reage às alterações que ele inflige à natureza, ou que a natureza inflige a ele, não sem passar por dilemas e sofrimento. O já clássico conflito entre tradição e modernidade está também presente.
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