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SUSTENTABILIDADE

Setor elétrico dos EUA terá que diminuir emissões de CO2 em 32% até 2030, anuncia Obama

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03/08/2015 às 16:25 • Atualizada em 01/09/2022 às 5:11 - há XX semanas
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Presidente americano anuncia Plano de Energia Limpa
Foto: Reprodução/YouTube/The White House

"O maior e mais importante passo que os EUA já deram para combater a mudança climática". Assim definiu o presidente americano Barack Obama nesta segunda-feira, 3 de agosto, ao lançar na Casa Branca o Plano de Energia Limpa nos Estados Unidos, por meio do qual o setor de energia elétrica do país terá de reduzir em 32%, até 2030, as emissões de gases do efeito estufa em relação aos níveis de 2005.

"Nenhum desafio coloca maior ameaça para as gerações futuras do que a mudança climática", acrescentou o presidente americano.

O modelo de produção de energia dos EUA é baseado em termelétricas a carvão (caras e poluentes). As centrais elétricas são a maior fonte de emissão de gases do efeito estufa do país que contribui para a mudança climática. O país não tinha, até o momento, limites federais para as emissões pelas centrais elétricas.

Segundo Obama, cada estado americano vai ter a chance de criar um plano próprio para reduzir as emissões pelo setor energético

“Nós limitamos a quantidade de químicos tóxicos, como o mercúrio, enxofre e arsênico em nosso ar e água. Mas as centrais elétricas ainda podem despejar quantidades ilimitadas de poluição de carbono no ar que respiramos”, disse Obama. “A mudança climática não é um problema para outra geração”.

Segundo Obama, cada estado americano vai ter a chance de criar um plano próprio para reduzir as emissões pelo setor energético. A ideia é premiar os que começarem a aplicar esses planos antes.

Obrigação moral
Obama citou a encíclica do Papa Francisco sobre o meio ambiente ao dizer que tomar um atitude contra as mudanças climáticas é uma obrigação moral dos países.

Grupos industriais e alguns legisladores de Estados que contam com energia baseada no carvão disseram que vão desafiar o plano nos tribunais e por meio de manobras no Congresso - eles acusam o governo de um ataque à regulamentação que elevará os preços da energia.

Acordo histórico
Em 2014, a China e os EUA, os dois maiores poluidores do mundo, anunciaram um acordo para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera.

Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020.

Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora possa começar antes. Segundo o presidente chinês, até lá, 20% da energia produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis.

COP21 em Paris
A porta-voz do Meio Ambiente da Alemanha, Frauke Stamer, indicou à imprensa que a decisão do presidente Barack Obama é um "sinal importante" para a Cúpula do Clima da ONU (COP21), que será realizada no final deste ano em Paris e que servirá para alcançar um acordo global para combater o aquecimento global. "Aplaudimos que os Estados Unidos afrontem o desafio da mudança climática", afirmou Stamer.

A COP21 tem o ambicioso objetivo de fechar um acordo internacional e vinculativo para reduzir as emissões de carbono e conter o aquecimento global.

Se atingir o objetivo, este novo acordo substituirá, a partir de 2020, o Protocolo de Kyoto. O objetivo é tentar conter o aumento da temperatura média do planeta em 2ºC até o fim deste século e, com isso, frear as alterações climáticas, que podem provocar catástrofes naturais em todo o mundo.

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