Dezoito leitos de três hospitais da capital baiana estão bloqueados pela Secretariada Saúde do Estado (Sesab), ficando reservados para pacientes com suspeita da Síndrome de Guillain-Barré. Até agora, foram registrados 55 casos em toda Bahia da doença, com uma morte de uma jovem de 26 anos no dia 12 de junho.A Sesab e o Ministério da Saúde fizeram uma reunião na tarde desta terça-feira (8) com 250 profissionais de saúde para discutir a doença e a possível relação com outras três doenças epidemiológicas - dengue, chikungunya e zika. A Bahia vive uma epidemia das três, segundo dados da Sesab - em 2015, foram 45.538 notificações da dengue, com 8 mortes, 11.351 da chikungunya e 32.873 da doença exantemática, que pode ser a zika - resultados estão sendo aguardados ainda. A relação da síndrome com essas doenças ainda não está clara.Dos 55 casos da síndrome registrados na Bahia, 32 foram em Salvador. A Síndrome Guillain-Barré é uma doença neurológica sem causa definida, que geralmente tem ligação com doenças virais. Ela faz com que a pessoa tenha perda da força muscular, com casos de paralisia facial, e começa de baixo para cima, atingindo primeiro os pés do paciente e subindo.A jovem que morreu estava internada no hospital Teresa de Liseux, com os primeiros sintomas sendo notificados no dia 20 de maio. Não há confirmação de que ela tivesse zika e outros vírus podem provocar a síndrome. Segundo o subsecretário da Saúde Roberto Badaró, o fato de ter três epidemias de uma só vez pode estar causando o aumento do número de casos da síndrome de Guillain-Barré na Bahia.a reunião de orientação aos profissionais da saúde, foi determinado que todos os casos sejam notificados e os pacientes encaminhados para hospitais de referência. Os leitos bloqueados em Salvador estão no Hospital das Clínicas, Couto Maia e Roberto Santos. Outros doze leitos também estão reservados em hospitais do interior da Bahia.
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