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Ex-vocalista da New Hit se recusa a falar em depoimento

Audiência de instrução do caso da banda foi retomada nesta terça-feira

• 17/09/2013 às 18:24 • Atualizada em 27/08/2022 às 18:05 - há XX semanas

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O ex-vocalista da banda New Hit, Eduardo Martins, conhecido como Dudu, ficou em silêncio em seu depoimento na audiência de instrução do caso da banda, retomada no Fórum de Ruy Barbosa nesta terça-feira (17). Segundo informações do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA), ele ratificou depoimento prestado na delegacia no dia do ocorrido e usou o direito constitucional de ficar em silêncio. O depoimento dele durou cerca de cinco minutos.
Ex-vocalista se recusou a falar
O réu Eduardo foi o quarto a prestar depoimento nesta terça-feira (17), iniciando os trabalhos na parte da tarde. Durante a manhã, a juíza Márcia Simões, titular da Vara Crime da comarca que abriu a audiência, começou ouvindo o sócio do grupo Edson Bonfim, único interrogado na última audiência, no 3 de setembro. Ele confirmou o que já havia dito anteriormente em um breve depoimento. O segundo a depor, segundo o TJ-BA, foi o acusado Jefferson Pinto dos Santos, ex-produtor técnico da banda. Ele foi interrogado por quase duas horas, respondendo às perguntas da juíza Márcia Simões, da promotora de Justiça Marisa Jansen, da assistente de acusação Isabela da Costa Pinto, advogada do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA-BA) e dos advogados de defesa. Em seguida, foi a vez do ex-dançarino Alan Aragão Trigueiros, que depôs por duas horas e meia, e depois a audiência foi interrompida para o almoço.
Alan foi o terceiro a depor
À tarde, depois de Eduardo, o ex-dançarino Guilherme Augusto Campos da Silva depôs e respondeu somente às perguntas da juíza e dos advogados. Ele preferiu não responder às perguntas da promotora e da assistente de acusação. Em seguida, aconteceu o depoimento do policial militar Carlos Frederico, que foi reconhecido, de acordo com o TJ-BA, pelas vitimas como segurança da banda. O PM foi interrogado por cerca de duas horas.
O segundo depoimento foi do ex-produtor técnico da banda
O último a depor neste primeiro dia de audiência foi o ex-percussionista John Ghendow de Souza Silva. Ele também optou por não responder as perguntas da promotoria. Ainda segundo o TJ-BA, por questão de segurança, integrantes da banda New Hit almoçaram nesta terça-feira no fórum de Ruy Barbosa. A última audiência havia sido suspensa após a defesa alegar insegurança na cidade. A Marcha Mundial das Mulheres, que tem acompanhado as audiências e realizado protestos na cidade de Ruy Barbosa, divulgou uma nota sobre o caso. Na nota, a Marcha confirma presença nos três dias de audiência e "exigindo a punição de todos os estupradores e agressores às mulheres". A audiência de instrução vai continuar nesta quarta (18) e quinta-feira (19). Nesta quarta-feira, os depoimentos serão retomados às 8h30m, quando serão ouvidos Michel Melo de Almeida, Weslen Danilo Borges Lopes e William Ricardo de Farias. O TJ-BA explicou o trâmite para a sentença deste caso. Segundo o órgão, após essa fase processual com o interrogatório dos réus, ainda não será possível a magistrada proferir imediatamente a sentença, uma vez que o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e os advogados que representam os réus poderão requerer diligências. O processo será aberto para vista ao MP-Ba e assistente de acusação para que possam apresentar alegações finais por escrito. Em seguida, os advogados dos réus também apresentarão alegações finais. Somente após esse trâmite processual é que será proferida a sentença. Durante o processo, a banda chegou a retomar as atividades. A primeira participação do grupo foi no show da banda A Bronkka, em maio deste ano, na casa de shows Estação ED DEZ do jogador Edílson. Logo em sua chegada, o cantor Eduardo Martins (Dudu) foi ovacionado pelas fãs, mas o sucesso não seria retomado. Em agosto desse ano o caso completou um ano sem conclusão e, na última quarta-feira (11), o empresário Jorge Sacramento, proprietário da banda, comunicou à imprensa que o grupo de pagode chegou ao fim. O casoApós o show realizado na cidade de Ruy Barbosa, as adolescentes, em depoimento à polícia, contaram que entraram no ônibus para fazer fotos com os rapazes. Lá foram atraídas para o fundo do veículo, onde teriam sido violentadas sexualmente. Protestos contra os músicos foram realizados e a banda perdeu o patrocínio em eventos e teve apresentações sabotadas em protestos de grupos feministas pelo país. Em outubro de 2012, a banda se apresentaria no Festival de Pagode, em Salvador, mas a Skol retirou apoio ao evento por conta do protesto de internautas. A banda acabou desistindo de participar do festival. A Marcha Mundial das Mulheres também fez protestos em cidades onde a banda se apresentou. Representantes da bancada feminina da Assembleia Legislativa da Bahia fizeram uma reunião no Ministério Público para discutir com o órgão formas de obter celeridade do julgamento do caso.

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