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Uber reduziu renda de taxistas de Salvador em quase 70%

Gustavo Tavares classificou o protesto como um marco na história da categoria em Salvador

Redação iBahia • 24/08/2016 às 15:36 • Atualizada em 01/09/2022 às 12:04 - há XX semanas

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Após saírem da Avenida Bonocô em direção à Paralela em protesto, taxistas entregaram dossiê contra o Ube ao MPF. O aplicativo de transporte privado de passageiros é responsável pela queda de 70% na receita dos motoristas de táxi de Salvador, segundo os organizadores da manifestação.Taxista e porta-voz da manifestação nesta terça (23), Gustavo Tavares classificou o protesto como um marco na história da categoria em Salvador. “Demos um passo importante, mostrando que estamos unidos pela mesma causa. Sabemos o quanto é difícil andar dentro da lei. Estamos aqui representando todos os sindicatos, associações e radiotáxis contra os clandestinos”. Além do dossiê, também foi entregue ao MPF um abaixo-assinado com mais de quatro mil assinaturas.

				
					Uber reduziu renda de taxistas de Salvador em quase 70%
Para o taxista Adenilton Paim, concorrência é desleal (Foto: Evandro Veiga/CORREIO)
Para o taxista Adenilton Paim, a concorrência praticada pela Uber é desleal, pois o cliente chega a pagar até 60% mais barato por cada corrida. “Eles não arcam com nenhuma das taxas que somos obrigados a pagar. Em dezembro, cheguei a ganhar R$ 8 mil líquidos e agora meu bruto não passa de R$ 3 mil”. A Associação Metropolitana dos Taxistas de Salvador informou que a perda de receita dos taxistas chega a 70%. De acordo com a entidade, a média diária da categoria era R$ 300, mas hoje fica em torno de R$ 100. O porta-voz da Uber no Brasil, Fábio Sabba, afirmou que o serviço dos carros particulares atende aos requisitos da Política Nacional de Mobilidade Urbana e que, portanto, o serviço não é clandestino.Taxistas sofrem para pagar financiamento A queda de rendimento dos taxistas está impactando diretamente no pagamento das contas, inclusive na quitação da parcela do financiamento do Protáxi, linha de crédito oferecida pela Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) para renovação da frota. Apesar da agência não informar o número de inadimplentes junto à linha de financiamento, no ano passado o programa liberou R$ 46,83 milhões e atendeu 1.734 motoristas com financiamentos que variam entre R$ 20 mil e R$ 35 mil.Para honrar seus compromissos financeiros, o taxista Antônio Arcanjo precisou dobrar a carga horária no trabalho, mas as parcelas do financiamento da Desenbahia estão em atraso. “Trabalhava até oito horas por dia e ganhava R$ 3,5 mil. Agora, trabalho até 14 horas diárias e consigo, no máximo, R$ 2 mil”, disse. “Estou com três parcelas no valor de R$ 700 atrasadas e já penso em mudar meu filho para uma escola pública”, lamentou. A parcela do financiamento do Protáxi no valor de R$ 930 também está pesando mais no orçamento do taxista auxiliar José Silva, 48 anos. “Antes eu conseguia ganhar até R$ 300 por dia e atualmente é difícil ultrapassar a marca de R$ 70”, explica o taxista, que atribui a queda no número de corridas à adesão da população ao aplicativo Uber. Taxista há 26 anos, o presidente da cooperativa Coastáxi, Gilberto de Oliveira, foi um dos motoristas que participaram do protesto realizado na manhã de ontem. “Estamos falidos, essa é a verdade. Eu formei um dos meus filhos na faculdade particular, agora eu tenho muita dificuldade para pagar a escola dos dois menores”, falou.MPF vai avaliar dossiê; MPF quer regular serviço Desde o inicio do ano, a Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), tem intensificado o combate ao transporte clandestino na cidade de uma maneira geral. “As operações são diárias”, destaca o secretário da Semob, Fábio Mota. De janeiro para cá já foram apreendidos mais de 426 veículos que realizam transporte ilegal. Desse total, 26 são carros que prestam serviço por meio do aplicativo Uber. “Estamos fazendo isso no intuito de preservar o usuário do transporte para que ele não corra riscos. Nós não sabemos se esses carros estão aptos para transportar pessoas”, justifica Mota. Veículos regulamentados como os táxis, por exemplo, passam por duas vistorias ao ano. “Quando a pessoa pega um carro que não é autorizado esse veículo não está cumprindo com os requisitos necessários para que possa operar na cidade”, ressaltou ele.Prefeitura mantém posição e amplia fiscalização Desde o inicio do ano, a Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), tem intensificado o combate ao transporte clandestino na cidade de uma maneira geral. “As operações são diárias”, destaca o secretário da Semob, Fábio Mota. De janeiro para cá já foram apreendidos mais de 426 veículos que realizam transporte ilegal. Desse total, 26 são carros que prestam serviço por meio do aplicativo Uber. “Estamos fazendo isso no intuito de preservar o usuário do transporte para que ele não corra riscos. Nós não sabemos se esses carros estão aptos para transportar pessoas”, justifica Mota. Veículos regulamentados como os táxis, por exemplo, passam por duas vistorias ao ano. “Quando a pessoa pega um carro que não é autorizado esse veículo não está cumprindo com os requisitos necessários para que possa operar na cidade”, ressaltou ele.

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