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'Covardes, malditos', diz delegado sobre morte de menina

Perícia constata ausência de pedaço da orelha, além de úlceras no tornozelo e mãos

Redação iBahia • 03/08/2019 às 17:40 • Atualizada em 29/08/2022 às 11:26 - há XX semanas

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Mel Rhayane Ribeiro de Jesus, menina de 6 anos espancada até a morte pelo pai , foi amarrada e chicoteada, segundo peritos da Delegacia de Homicidios da Capital (DH-Capital), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, que prendeu, em flagrante, o barbeiro Rodrigo Jesus da França, 25 anos, acusado de homicídio qualificado pela tortura.

“Facínoras, covardes, malditos”, foram os adjetivos usados pelo delegado Antônio Ricardo, diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), para qualificar Rodrigo Jesus da França e Juliana Mayara Brito da Silva, respectivamente pai e madrasta de Mel Rhayane Ribeiro de Jesus, torturada e morta por ele dentro de casa. O delegado disse que por pouco os dois não foram linchados pelos vizinhos no Lins de Vasconcelos.

Foto: Reprodução/Facebook

- Essa ocorrência sensibilizou as equipes, os delegados, os policiais. Uma covardia tamanha! Uma situação em que essa criança deve ter sofrido bastante. E a atuação da DH busca justiça. Eles responderão em flagrante por homicídio e também pela tortura porque observamos que essas lesões são antigas e por conta disso entendemos que essa tortura já vinha acontecendo há algum tempo. São facínoras, covardes, malditos. Acho que não tem adjetivos para esse tipo de gente. Felizmente, nós conseguimos deter esses indivíduos. A população local queria linchá-los e por pouco isso não aconteceu. É uma tristeza ver uma covardia dessa com uma criança inocente.

A perícia constatou diversas lesões no corpo da criança: ausente pedaço da orelha, úlceras no tornozelo e mãos, aparentando que a criança era constantemente amarrada e chicoteada. Em nota, a Polícia Civil informa que "as lesões indicaram que as agressões ocorriam há tempos".

Rodrigo Jesus da França confessou o crime. Ele disse que deixava a criança amarrada para não ter acesso aos outros filhos do casal e que as agressões eram para corrigir suposto comportamento sexual alterado da criança, que, de acordo com ele, ja havia sido estuprada pelo padrasto. Laudo do Instituto médico legal Afrânio Peixoto nega a acusação.

A madrasta da vítima, Juliana Mayara Brito da Silva, 20 anos, também foi presa, acusada de omitir as agressões. A Polícia Civil informa ainda que o pai tirou a filha da escola para que não notassem as agressões.

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