A partir desta segunda-feira (30), os alunos que não conseguirem financiar a graduação através do Financiamento Estudantil (Fies) terão que buscar alternativas privadas com prazos mais curtos e, com juros mais altos. De acordo com o Jornal O Globo, a linha de crédito mais disseminada faz com que o estudante pague 15% a mais do valor e a dívida é financiada em dez anos e não em oito anos, como ocorre com o Fies.Agora, a principal mudança para que o aluno consiga o Fies é que ele tenha nota mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sendo que a redação não pode ser zerada.Em fevereiro, foram abertas as inscrições para novas adesões ao Fies, mas sem a obrigatoriedade da nota mínima. Era preciso apenas ter feito o Enem para solicitar o financiamento. Não estão sujeitos a essa regra os professores do quadro permanente da rede pública matriculados em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia.A regra de exigir a média mínima no Enem foi estabelecida em portaria do Ministério da Educação, publicada em dezembro de 2014, e gerou descontentamento de estudantes e representantes de instituições privadas de ensino superior. Instituições estimam que a mudança reduzirá em pelo menos 20% o número de contratos do Fies. O Ministério da Educação descarta a possibilidade de abrir mão da exigência. Segundo a pasta, a mudança foi feita em prol da qualidade do ensino superior e o diálogo com as entidades é permanente. O Fies financia de 50% a 100% das mensalidades, dependendo da renda familiar mensal bruta. É destinado a alunos matriculados em cursos superiores presenciais não gratuitos, oferecidos por instituições cadastradas no programa e que tenham obtido resultados positivos nas avaliações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior. Entre as mudanças feitas pelo ministério no Fies estão também a alteração de 12 para oito no número de parcelas de repasse de recursos para as instituições privadas e percentual máximo de reajuste para mensalidades no caso de aditamentos de contratos. De acordo com o levantamento da da Hoper Consultancy, 26% dos 4,2 milhões de candidatos do Enem de 2012 ficaram abaixo dos 450 pontos. O percentual sobe para 37% na Região Norte e para 32% no Nordeste. A mudança deve afetar o setor financeiro das universidades privadas, uma vez que cerca de um terço dos estudantes de graduação são financiados pelo Fies. Com informações de O Globo e Agência Brasil.
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