A redução nas taxas de juros para financiamento de veículos, anunciada por bancos públicos e privados na semana passada, terá efeito limitado nas vendas de automóveis. A avaliação de entidades e especialistas é que as regras para concessão de crédito dos bancos vão continuar rígidas, dado o índice de inadimplência recorde no país. A taxa que considera atrasos acima de 90 dias chegou a 5,5% em fevereiro, o maior patamar da série do Banco Central, iniciada em 2000. Além disso, para preservar sua rentabilidade, as instituições financeiras deverão ser ainda mais seletivas ao conceder novos empréstimos. “Não haverá uma explosão de crédito”, diz Décio Carbonari, presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras de Montadoras (Anef). Segundo ele, as taxas de juros mais atrativas serão concedidas somente aos clientes com bom histórico de pagamento e de relacionamento como banco. Para Paulo Roberto Garbossa, professor do Centro de Estudos Automotivos (CEA), os clientes que compram automóvel pela primeira vez serão os mais afetados como maior nível de exigência dos bancos. As reduções nas taxas chegam a 25%.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade