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Morre Emanoel Araújo, baiano considerado o gigante das artes de raiz afro-brasileira, aos 81 anos

Ao longo de mais de seis décadas, artista fazia questão de ressaltar papel da herança negra a cultura nacional

Redação iBahia • 07/09/2022 às 14:24 • Atualizada em 08/09/2022 às 17:18 - há XX semanas

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					Morre Emanoel Araújo, baiano considerado o gigante das artes de raiz afro-brasileira, aos 81 anos
Foto: Reprodução/ Museu Afro Brasil

O artista plástico e intelectual baiano Emanoel Araújo, considerado um dos gigantes das artes de raiz afro-brasileira, morreu nesta quarta-feira (7), na casa onde morava em São Paulo, aos 81 anos.

Em nota, o Museu Afro Brasil, onde o artista atuava como curador, informou que o corpo dele foi localizado por um funcionário da instituição, por volta das 10h. A causa da morte não foi divulgada.

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O velório do artista será realizado na quinta-feira (8), a partir das 9h, na sede do museu, e será aberto ao público. A entrada será pelo Portão 3 do Parque Ibirapuera.

Já o sepultamento ocorrerá às 16h, no Cemitério da Consolação, em São Paulo.

Em nota, o Museu Afro Brasil se solidarizou com a família e os amigos de Emanoel e lembrou o artista como "um patriota que elevou e divulgou o Brasil e a cultura do nosso país".

Com o falecimento do intelectual, o secretário estadual da Cultura, Sérgio Sá Leitão informou ao jornal Folha de S. Paulo que o governador Rodrigo Garcia irá decretar luto oficial no Estado pela morte.

Vida e obra

Emanoel Araujo nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, no 15 de novembro de 1940.

Em 1959 realizou sua primeira exposição individual ainda em sua terra natal. Mudou-se para Salvador na década de 1960 e ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia (Ufba), onde estudou gravura.

Sua primeira premiação nacional foi em 1966, por sua participação na II Exposição Jovem Gravura Nacional no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e, no circuito internacional, foi premiado, em 1972, com a medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de Florença, Itália. No ano seguinte, recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhor gravador, e, em 1983, o de melhor escultor.

Pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) recebeu o Prêmio “Cicillo Matarazzo” em 1998 e 2007, além do Prêmio Clarival do Prado Valladares, em 2020, ano em que também recebeu a Medalha Zumbi dos Palmares pela Câmara Municipal de Salvador. Em 2021, foi agraciado com a Medalha Tarsila do Amaral pelo Governo do Estado de São Paulo.

Foi diretor do Museu de Arte da Bahia (1981-1983). Lecionou artes gráficas e escultura no Arts College, na The City University of New York (1988). Entre 1992 e 2002 foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Nos anos de 1995 e 1996 foi membro convidado da Comissão dos Museus e do Conselho Federal de Política Cultural, instituídos pelo Ministério da Cultura. Em 2004, fundou o Museu Afro Brasil, em São Paulo, do qual é Diretor Curador e Executivo até os dias de hoje.

Expôs em várias galerias e mostras nacionais e internacionais, somando cerca de 50 exposições individuais e mais de 150 coletivas.

Durante sua gestão no Museu Afro Brasil, a exposição “Africa Africans”, da qual foi curador, foi premiada como melhor exposição de 2015 pela ABCA. Como curador independente, sua exposição “Francisco Brennand Senhor da Várzea, da Argila e do Fogo” recebeu o prêmio Paulo Mendes de Almeida, como a melhor exposição realizada no país no ano de 2017.

Emanoel Araújo estava trabalhando atualmente para levar ao Museu Afro Brasil, em novembro, uma exposição temática sobre o bicentenário da independência, entrelaçando duas datas: o 7 de setembro, dia da proclamação da independência do país, na capital paulista, e 2 de julho de 1823, data de efetivação do movimento da independência baiana que efetivou o processo de emancipação do Brasil.

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