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Armadinho fala da saudade do pai e dispara: 'O melhor de todos'

Artista contou um pouco sobre sua rotina familiar, sobre a admiração que tem pelo pai Osmar Macedo e sobre as expectativas para o carnaval de 2023

Redação iBahia • 01/03/2022 às 10:00 • Atualizada em 27/08/2022 às 2:25 - há XX semanas

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Foto: Reprodução/Instagram

Como falar do carnaval de Salvador sem citar Dodô e Osmar?! Sem falar de Armadinho e dos irmãos Macedo?! Essa é uma missão quase impossível, já que toda base da folia que conhecemos hoje é herança do legado deixado por essas personalidades e outras mais que passaram...

São dois anos sem a realização do carnaval nos moldes tradicionais e pensando nisso, o iBahia foi bater um papo com quem realmente entende da folia - Armandinho. Ele é nascido e criado no mundo carnavalesco e contou boas histórias. No começou do bate papo, o artista, que tem 68 anos, falou do impacto que a pandemia trouxe não só para ele, mas para toda a cadeia musical e para a história do carnaval em Salvador.

"A gente vem atravessando e resistindo a essa situação no mundo inteiro. Mas, o carnaval é um trabalho acima de tudo e isso tem causado uma situação desesperante para determinadas pessoas que trabalham com isso, né!? É complicado, inclusive pra músicos que só fizeram isso na vida como eu. É uma situação muito triste diante disso tudo", contou o guitarrista.

Armadinho teve Covid-19 e gripe. Ele disse que a crise fez com que ele tivesse que abrir mão da vida que tinha e repensar no que era realmente necessário. O músico vivia no Rio de Janeiro e agora só mora em Salvador.

Apesar de tudo, na pandemia, ele produziu 4 conteúdos especiais - destes um venceu o Grammy Latino e o outro feito especialmente em homenagem aos 70 anos de Gilberto Gil e Caetano Velosochamado 'Re tocando Gil e Caetano'.

Amor pela música e admiração por Osmar
Armandinho é 2º filho de 6 irmãos - Betinho (70 anos), Aroldo (64 anos), André (63), 2 que faleceram antes de nascer. Em entrevista, ele contou que a vida dele é carnaval e ele sempre, desde de pequeno, sabia que era da música que ele iria viver. O pai Osmar foi crucial nesse processo.

"Desde pequeno que eu queria tocar no trio elétrico. Minha mãe não queria que eu tocasse e que eu fosse músico. Eu perdi minha mãe com 8 anos de idade e foi aí eu deslanchei. Minha salvação foi realmente a música. Eu aprendi a tocar com 9 anos, com 10 anos meu pai fez um minitrio pra mim pra eu ir tocando e comecei a aprender com ele", explicou.

O aprendizado diário e de 'ouvido' foi evidenciando o talento que o então menino franzino tinha. Mas, enfrentar o mundo não foi fácil. O artista contou que até perder o vestibular na Ufba (Universidade Federal da Bahia) ele perdeu! "Nos anos 70, foi quando eu me vi. É a minha profissão, é a minha vida. Eu fiz vestibular de música e tomei pau na Ufba. Eu sempre fui zero. Eu nunca soube ler uma nota no papel. Toda vida o pessoal tem que tocar pra mim...toque o acorde que eu repito aqui. Eu repito tudo que eu ouço. Pra mim, sempre foi algo instintivo e natural", detalhou.

O amor pelo pai nunca foi segredo para Armando. Para ele, tudo que ele sabe hoje é graças aos ensinamentos do admirado tutor. "Eu já visualizava tudo aquilo. Quando eu ouvia outra pessoa tocando, eu já fazia um comparativo: 'não, meu pai tem uma técnica melhor. Meu pai toca mais limpo'. Eu sempre achei e sempre falei pra ele que era o melhor de todos", revelou.



Outros carnavais
Não tem jeito, todo artista tem um perrengue e uma história marcante envolvendo o carnaval. E quando se fala em Armandinho isso é ainda melhor. O músico contou pra gente que um dos perrengues mais complicados que ele viveu aconteceu há 5 anos.

"Teve uma que obrigou a gente ficar parado mais 2 horas, que foi a troca de caminhão embaixo. Foi uma situação delicada, porque a armação teve que ficar em cima de macacos até entrar outro caminhão e todo mundo em cima do trio quieto. Mas no final tudo saiu bem", explicou ele.

Já em relação ao melhor carnaval, Armandinho foi direto. "Os meus melhores carnavais aconteceram quando tinham aqueles encontros de trios, quando tinha meu pai. Meu pai que inventou essa expressão - Encontro de trios. E no último dia de carnaval sempre tinha Caetano, Gil, Ali Salomão, uma galera que vinha com a gente ali e vários artistas que vinham acompanhar. E um dos mais emocionantes eu não participei", começou o cantor.

Ainda jovem, Armandinho foi tocar em Itabuna e o pai disse que iria fazer uma surpresa para ele. Os irmãos Betinho, Aroldo e André ficaram com Osmar e ele seguiu viagem.

"Ele criou uma passarela espacial em 1988 com a banda em cima. Eu não tava nesse ano. Quando acabei de tocar em Itabuna, liguei a televisão e vi meu pai subindo naquela passarela enorme, aí eu chorei. E ainda tinha um elevador, que ele desceu, pegou caetano, rapaz...foi um negócio emocionante", descreveu ele completando "Nunca mais fizeram uma engrenagem como a aquela que ele fez".

São muitos momentos gravados na memória do artista. E a expectativa para 2023 é enorme por ele e por todos nós. "A expectativa é muito grande, esperando e torcendo pra que tudo melhore e que a gente faça um grande e bom carnaval em 2023. Um carnaval pra valer os 2 anos que não tivemos. A emoção está guardada e vai explodir em 2023", finalizou.



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