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Veja o que o Carnaval de Salvador reserva para o público LGBT

A partir do dia 3 de fevereiro, o Beco da Off já vai ganhar outro nome: Beco das Cores

• 16/01/2016 às 8:42 • Atualizada em 27/08/2022 às 11:15 - há XX semanas

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Não basta ser colorido no nome. Tem que transformar o beco num arco-íris de verdade, com chão pintado em cores diversas e decoração especial. A empreitada vai tomar forma no Carnaval num beco que sequer precisa de referência oficial. Pouca gente, aliás, sabe que o famoso Beco da Off (antiga boate gay) se chama, no papel, Rua Dias d’Ávila – ligação só para pedestres entre a Avenida Oceânica e a Rua Marques de Leão, na Barra.A partir do dia 3 de fevereiro, a rua já vai ganhar outro nome: Beco das Cores. “Ali tem toda uma tradição do público LGBT, que curte horrores naquele local, então, nós decidimos fortalecer”, explica o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, responsável pela organização do Carnaval. Segundo ele, na entrada do local será montada uma torre eletrônica.
É lá que o folião vai pisar num chão com faixas coloridas e curtir o som de DJs a partir da sexta (5) de Carnaval, até o final da folia, a partir das 19h, sempre no intervalo entre a passagem dos blocos do Circuito Dodô. Embora seja frequentada, tradicionalmente, pelo público gay, esta é a primeira vez que a Rua Dias d’Ávila funcionará como espaço oficial LGBT da folia.Em 2014, o local escolhido foi o Largo Dois de Julho, onde foi montada a Vila da Diversidade, também com apresentações de DJs, shows de transformistas. Naquele ano, o espaço LGBT ficava mais próximo do Circuito Osmar. “Vamos colocar os DJs justamente para animar nos intervalos entre um bloco e outro. Quando terminar os desfiles, a gente ativa outra torre eletrônica que fica na frente do Farol da Barra”, adianta Isaac. Segundo ele, os DJs ainda estão sendo contratados, mas assegura que haverá atrações locais e de fora da Bahia.Público fiel Os DJs vão tocar até as 3h, já que o local da festa precisa ser organizado e higienizado para o dia seguinte. No último dia de festa, no entanto, eles animam o público até a manhã da Quarta-feira de Cinzas. “A música eletrônica não poderia estar de fora. Este ano, a gente está consolidando um espaço, valorizando uma atratividade para o público LGBT”, indica.Mas a folia voltada para a turma do babado não se concentrará só na Barra. De acordo com o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, a Praça Castro Alves terá programação com shows de transformistas do sábado (6) à Quarta-feira de Cinzas (10). “Eu acho que o Carnaval tem que abrir mais espaço pra LGBT, porque foi um grande momento de visibilidade nossa, mas hoje nós nos perdemos no meio da multidão”, afirma ele.O público gay está mesmo em todos os cantos da festa. “O Carnaval de Salvador, a cada dia, tem se tornado mais gay. Os blocos das divas, Ivete, Claudinha, Alinne Rosa, Daniela, se tornaram praticamente gays. É um público que é muito exigente, gosta da coisa com muita qualidade, tanto na parte de produção, como decoração, e é fiel ao produto”, avalia José Augusto Vasconcelos, um dos sócios da San Sebastian, boate voltada para o público gay que também terá programação especial na folia.Referências O público gay está em todos os blocos do Carnaval: do Crocodilo, puxado por Daniela Mercury, aos Filhos da Gandhy, ritmados ao som do agogô. Mas alguns se destacam por ter ganhado, ao longo dos anos, a preferência do segmento e dos simpatizantes. É o caso, além do próprio Crocodilo, dos Mascarados, Coruja e, mais recentemente, Eu Vou e Largadinho.Um que deve entrar nesse rol, já este ano, é o Chá Rosa. O bloco é inspirado na festa carioca Chá da Alice e, em Salvador, será puxado por Alinne Rosa, e tem por trás o grupo San Sebastian. Segundo André Magal, um dos sócios do grupo, os abadás serão estilizados e terão acessórios.A coluna VIP do CORREIO, assinada por Telma Alvarenga, antecipou que os foliões vão usar fantasias inspiradas na história de Alice no País das Maravilhas. O modelito é da figurinista trans Bruna Bee, que compõe a equipe do Chá da Alice, no Rio. O Chá Rosa desfila às 19h de domingo (7), no Dodô. Alinne puxa ainda o Eu Vou, no sábado, às 22h, também na Barra-Ondina.Na segunda e terça de Carnaval, o Largadinho sai ao som de Cláudia Leitte, outra que já ganhou o público gay. A negalora desfila os dois dias na orla, sempre no sétimo lugar da fila. Historicamente, é o Crocodilo, bloco prestes a completar 31 carnavais, que costuma reunir o maior número de foliões homossexuais. Eles são comandados por Daniela Mercury, que é casada com a jornalista Malu Verçosa. Este ano, o Crocodilo desfila no domingo (7) e na segunda (8), no Circuito Dodô, sempre as 17h.Mais opções Há ainda blocos como o Coruja, que sai no domingo e na segunda com Ivete Sangalo – Osmar e Dodô, respectivamente – e na terça de Carnaval com a Timbalada, na Barra. Nele, o folião pode escolher entre abadás normais ou VIPs - estes últimos dão acesso ao carro de apoio, sanitário exclusivo, entre outras regalias.Mas quem quiser se divertir, de graça, pode curtir a pipoca no tradicional Os Mascarados. Como o próprio nome já diz, a regra é usar fantasia – nada de abadá. É a 17ª vez que o bloco vai desfilar. Este ano, sai às 21h da quinta-feira (4), na Barra-Ondina. Um casal de atores cariocas, que não teve o nome revelado, foi convidado para apadrinhar o bloco, que já teve neste posto artistas como Marisa Orth, Luís Miranda, Vera Holtz e Luana Piovani. Segundo a assessoria do bloco, atrações devem ser confirmadas até depois de amanhã.
Correio24horas

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