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Sem carnaval, hotéis de Salvador tem perda de R$70 milhões

Em entrevista ao iBahia, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA) revelou que o prejuízo acumulando nos dois últimos anos passa dos R$170 milhões de reais em faturamento só na semana carnavalesca

Redação iBahia • 21/02/2022 às 16:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 17:37 - há XX semanas

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Foto: Divulgação

Apesar do setor turístico apresentar sinais de crescimento e retomada, o preço a ser pago pela rede hoteleira de Salvador sem a realização de mais um carnaval, é alto. De acordo com informações de Luciano Lopes, presidente da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-BA), o prejuízo em 2022 será de 70 milhões de reais. Na prática, acumulando os dois anos – 2021 e 2022 – são mais de R$ 170 milhões de reais em faturamento.

"No mês de janeiro, a gente já teve uma ocupação que foi muito parecida com o período antes da pandemia, em 2020. O mês de fevereiro, até então, a gente está com mais ou menos com 8 a 10 pontos acima do que foi registrado em 2021. Mas, ainda não é o patamar que era antes da pandemia. E para o Carnaval, as expectativas são boas. O nível de ocupação está mais similar a um período de feriado”, explicou o especialista em entrevista ao iBahia, analisando o cenário atual.

A expectativa é que neste ano aumente o número de pessoas visitando a capital baiana no período de carnaval. A estimativa é de que a ocupação hoteleira alcance os 62% só na semana da folia – 2% a mais se compararmos com o mesmo período de 2021.

"A gente está verificando que Salvador, cada vez mais, está voltando a ser uma das cidades mais procuradas para o lazer. E isso é muito bom porque vai se criando uma possibilidade de boas ocupações durante o ano inteiro, inclusive no turismo de negócios".



Luciano Lopes falou ainda que o perfil do turista que chega à Salvador não é mais o mesmo (Foto: Divulgação)
Em relação as diárias cobradas pelos hotéis, Luciano relatou que a redução dos pacotes chega até 50% do valor que era cobrado em dias de festa. Em 2021, a média anual da diária ficou em R$ 361,74. Só em fevereiro, o valor chegou R$ 351,63. Mas, em no último ano carnavalesco, o número alcançou os R$ 447,21 (maior valor em todo o ano de 2020).Ainda em entrevista, o presidente da ABIH falou sobre a mudança do perfil dos turistas que visitam a capital baiana. “O que a gente vê é um perfil, por conta da não realização das festas, de famílias e de grupos de amigos. Mudou bastante! O Carnaval tem um público diferenciado, a maioria vem pra festas, então é muito mais jovens”, revelou.Janeiro com EsperançaO avanço da vacinação, as férias escolares e a vontade de aproveitar o verão depois de quase dois anos de demanda reprimida, fizeram de janeiro o melhor mês para a hotelaria de Salvador, desde o início da pandemia. Registrou-se taxa média de ocupação de 69,31%, bem acima da observada em janeiro do ano passado (54,25%) - embora inferior à verificada em janeiro de 2020 (73,5%), período anterior à pandemia.O aumento da procura foi também impulsionado pela maior disponibilidade de voos domésticos, que trouxeram de volta os turistas dos principais mercados emissores do país - São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília.Prejuízos acumuladosAinda segundo Luciano Lopes, o cenário hoteleiro precisará de mais ou menos 2 anos para dar conta de todo o prejuízo adquirido durante a pandemia da Covid-19. Entre março de 2020 até o momento, foram 850 milhões de reais a menos em todo o setor. Salvador possui em média 400 hospedagens e o carnaval é uma data de grande importância, já que representa 11% do faturamento anual do empresariado. Em 2021, o prejuízo foi 100 milhões de reais em toda a cadeia, somente na semana de carnaval. Diante deste cenário, quando questionado sobre a expectativa para 2023, Luciano foi cauteloso e ao mesmo tempo, otimista. "É muito difícil, né?! Por que você tem um cenário incerto e ter expectativas para o próximo ano é complicado. Tudo depende dessa contaminação em outros estados e países. A gente está planejando para uma ou duas semanas porque está tudo mudando muito rápido. Mas, a expectativa é que a gente retome o crescimento. Espera-se que a gente cresça, para que de uma força e a gente possa iniciar a recuperação dos prejuízos a médio e longo prazo. Então, tem muito trabalho pela frente.”

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