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Filme sobre Maria Bethânia terá pré-estreia em Salvador

As meninas da Panteras Negras levam a música instrumental para São Paulo e Carla Cristina lança bloco LGBTQIA+ em Salvador

Jamil Moreira Castro • 19/08/2022 às 10:30 • Atualizada em 26/08/2022 às 18:00

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Em 57 anos de carreira, os inúmeros discos, shows, entrevistas e filmes não são suficientes para conhecer Maria Bethânia (@mariabethâniaoficial).  Este foi o ponto para o jornalista Carlos Jardim (@carlosjardim18) criar o roteiro e dirigir o “Maria – Ninguém sabe quem sou eu", que estreia no dia 31 de agosto”, no Cine Glauber Rocha. A própria Maria Bethânia é quem desvenda essa personalidade única no cenário cultural brasileiro. No longa, só Bethânia fala de Bethânia, através de um depoimento inédito e exclusivo gravado no teatro do Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

Em cartaz nos cinemas, a partir de 1° de setembro, o filme traz ainda falas, imagens raras garimpadas nos arquivos da TV Globo e da TV Bahia. Destaque para o show antológico que Bethânia e Chico Buarque fizeram em 1975, e do espetáculo que a cantora e o irmão Caetano Veloso realizaram em 1978. Há ainda registros de “A hora da estrela”, de 1984, baseado na obra de Clarice Lispector.

Durante 100 minutos, Bethânia fala sobre assuntos importantes na sua trajetória, como a paixão pelo palco, a força de sua presença em cena, fé e religiosidade, a ligação de amor com a mãe Dona Canô e o pai, Seu Zezinho. Sobre o irmão Caetano Veloso, ela diz que “é mestre do meu barco desde que eu nasci. Ele me ensinou a andar, a dar os passos”. Muito presente em seus trabalhos, a literatura surge na sua admiração pelos escritores Fernando Pessoa, Clarice Lispector e Mia Couto.

Textos marcantes sobre a cantora, escrito por Ferreira Gullar, Nelson Motta, Fauzi Arap, Caio Fernando Abreu e Reynaldo Jardim, este último autor do livro “Bethânia guerreira guerrilha”, são narrados pela atriz Fernanda Montenegro. A narração é ilustrada com imagens registradas por fãs-fotógrafos da cantora, que o diretor do filme garimpou nas redes sociais dos fãs-clubes.

Entre suas revelações, a cantora conta que, por conta de ter feito o “Opinião”, foi presa de madrugada em casa durante a ditadura militar e levada para o Dops (Departamento de Ordem Pública e Social), usada como polícia política dos militares. Entre as cenas de ensaios e shows da artista, destaque para as interpretações de grandes sucessos de sua carreira, como “Olhos nos olhos” (Chico Buarque), “É o amor” (Zezé di Camargo), “Gita” (Raul Seixas”), “Amor de índio” (Beto Guedes) e “Álibi” (Djavan).

AS MENINAS DA BANDA PANTERAS NEGRAS LEVAM A MÚSICA INSTRUMENTAL PARA SP

A banda instrumental Panteras Negras (@bandaspanterasnegras), formada por mulheres negras e LGBTQIA+, faz suas primeiras apresentações além das fronteiras baianas. Dentro do Circuito Sesc de Artes, o grupo baiano vai acompanhar a cantora Josyara, este mês, em uma turnê por nove cidades paulistas. Ainda em agosto, a banda vai aterrissar no Festival Sonido, em Belém. Cada vez mais se destacando na cena musical, as Panteras Negras têm uma formação instrumental base com percussão, bateria, guitarra e baixo.

“Hoje não temos mais somente uma banda Panteras Negras, mas sim um movimento com diferentes formações de instrumentistas de vários estados que se comunicam com a nossa proposta. A ideia é que este movimento alcance e agregue musicalmente essas artistas por todo o Brasil”, afirma Ziati Comazi, idealizador da Nova Estação, produtora e aceleradora musical voltada para mulheres negras.

CARLA CRISTINA LANÇA O BLOCO “AGRADA GREGOS” EM SALVADOR

A versão baiana do bloco paulista será mais uma atração LBBTQIA+

O Carnaval terá mais uma atração LGBTQIA+ em Salvador. A cantora Carla Cristina (@carlacristina) entrou em sociedade com o bloco paulista Agrada Gregos, para criar uma versão baiana que deverá estrear no domingo da folia, no Circuito Barra-Ondina.

Ao contrário de São Paulo, em Salvador a pipoca será substituída pela venda de abadás. Como aconteceu com alguns blocos em Salvador, o Agrada Gregos nasceu hetero e acabou saído do armário com a invasão do público LGBTQIA+.

CALÇADÃO

  • Tem que chegar cedo para não ficar de fora. Domingo, às 11 horas, Margareth Menezes vai apresentar o show Eletroacústico, no TCA. O convite custa R$ 1 (inteira) e R$0,50 (meia) e a venda acontece a partir das 09 horas, duas horas antes do show. Margareth é uma das cantoras que mais se apresentou na sala principal do teatro e na Concha Acústica. 
  • Um dos principais ícones da resistência LGBTQIA+ de Salvador, a Tropical Club vai ser a casa da MANIFESTO, neste sábado, a partir das 23h. A edição DISCOTHÈQUE vai reunir o que há de mais inclusivo, representativo e contemporâneo na noite alternativa underground baiana. No line upe, os DJs Jerônimo Sodré, Lucio K, Arthur Valleti e Malayka SN. As performances de Shankar, Verenna Vargas e Lip Moreira completam esse hub de diferentes circuitos e repertórios.

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