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Em sabatina, João Henrique defende militarização das escolas

Ex-prefeito é o último entrevista pelo evento do CORREIO/iBahia

Redação iBahia • 06/09/2018 às 15:01 • Atualizada em 28/08/2022 às 4:18 - há XX semanas

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O ex-prefeito de Salvador João Henrique (PRTB) foi o último candidato a ser entrevistado na sabatina CORREIO/iBahia, nesta quinta-feira (6). No seu tempo, o candidato defendeu posições similares às do candidato à presidência Jair Bolsonaro, a quem apoia, como a liberação do porte de arma e a militaração das escolas. João prometeu também fazer concursos para uma nova carreira, a do médico da regulação. Ele também defendeu mais investimentos em ferrovias e a construção de uma linha de trem ligando Salvador a Feira. Mas salientou: "Não há que se deixar as rodovias, por onde escoa nossa produção, e também nosso turismo, abandonadas. Dependem de boas estradas".

Foto: CORREIO

Veja como foi a sabatina:
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João Henrique enalteceu seu próprio período à frente da prefeitura de Salvador. "Deixei acima do exigido pelo Irdeb e tive bons resultados na educação", afirmou. "Na área da educação, você tem como fazer algo de choque? Tem, se imediatamente recuperar o salário dos professores, do profissional de educação, recuperar a auto-estima deles", disse. O ex-prefeito também afirmou que foi o melhor gestor para servidores públicos. "Temos essa marca de valorização, respeito e dignidade ao servidor público. Nenhum outro governante ainda pode nos superar, estamos na memória do servidor", acredita.

Ele prometeu se eleito reduzir o número de secretarias e disse que o inchaço da máquina pública foi um erro quando foi prefeito. "Esse foi um erro. Reconheço. Mas era a cultura da época. Eu tinha exemplo de um governo federal que tinha 35 ministérios divididos entre partidos políticos. Aqui no governo do estado também a cultura era essa. Tornou-se um fenômeno sociológico. Agora a população pede algo diferente. Redução de cargos e nada de indicação políticas, tudo técnico", afirmou.

Militarização
Durante a sabatina, diversas vezes o candidato evocou o nome de Bolsonaro e defendeu posições em comum com o candidato, que lidera as pesquisas de intenção de voto, segundo Ibope divulgado ontem. João Henrique afirmou que pretende investir em uma militarização de boa parte das escolas estaduais. "Não queremos competir com a profissional de educação. Mas queremos ter, por detrás, uma gestão militar (...) A criança passa às vezes mais tempos na escola do que em casa. É preciso que ele receba bons valores. Acho que o militarismo passa isso. Isso vai ter um rebatimento lá na frente até na questão da segurança pública", diz. Ele defendeu que valores de moral e cívica deviam voltar às unidades escolares, mas afirmou que quem preferir matricular os filhos em outro tipo de escola também terá opção. "Nem todas as escolas serão militarizadas porque não teremos nem recurso para isso. São 417 municípios, alguns com muitas escolas estaduais. Mas uma boa parte e sim".

Ele também foi questionado sobre como vai tratar a questão das invasões de terra. "Temos que ter equilíbrio, de se colocar no lugar das pessoas que foram prejudicas e porque houve invasão. O governo tem que ser mediador. Aprendi isso na prefeitura de Salvador. Tudo que é briga de vizinho ia parar no gabinete", afirmou. Ele disse ainda que seu governo seguiria as diretrizes de um hipotético governo de Bolsonaro no assunto, mas afirmou que os policiais precisam ser melhores treinados."Gentileza gera gentileza e violência gera violência. Policiais têm que ser treinados na abordagem", afirmou. "É preciso ter formas mais amenas e mais humanas nas polícias", disse.

Sobre a liberação do porte de arma, o candidato endossou a fala de Bolsonaro. "Permite arma em casa, para legítima defesa. Dá mais segurança à família saber que tem ali na gaveta uma arma devidamente autorizada", afirmou. "O assaltante vai ter receio ao pensar que tem uma família armada", afirma, explicando pensamento de Bolsonaro. "Pessoas ficarão mais seguras e assaltantes inseguros", diz.

Economia
O candidato também falou sobre questões para esquentar a economia baiana. "O empresariado, comerciante brasileiro, eles estão no limite da capacidade contributiva. Não adianta criar mais impostos. Hoje a evasão fiscal é zero.Não tem mais como se sonegar impostos", afirmou, citando um especialista da área. Para ele, o excesso de burocracia hoje atrapalha o setor. "A gente hoje precisa de uma economia mais liberal, em que as pessoas possam abrir empresa mais rápido. Hoje precisa seis meses pra abrir ou fechar empresa. Isso está obsoleto", afirmou.

Ele também disse que a questão do transporte precisa ser atualizada. "Quando você fala dos modais, você tem que falar de mobilidade. Metroviário, rodoviário, ferroviário, portoviário e aeroviário. Para agronegócio tem que ter boas rodovias, linhas férreas. Ilhéus tem um projeto de um porto novo. O governo federal tinha projeto para dois, mas reduziu para um e até agora não saiu. Isso tá prejudicando escoamento da produção. Porto de Aratu também está com capacidade esgotada", criticou.

Ele afirmou que o transporte ferroviário deve ter mais atenção. "Se formos pensar em 20, 30 anos, eu investiria em mobilidade ferroviária. É mais rápido, barato. Hoje você corta a França de ponta a ponta em 3 horas. Na Bahia são 10 horas", disse. "Defendo no meu plano de governo uma ferrovia Salvador-Feira, com paradas para pegar em Santo Amaro, Candeias, nas estradas que beiram a BR-324".

As sabatinas foram conduzidas pelos jornalistas Donaldson Gomes, editor de Política e Economia do CORREIO, e Maíra Azevedo, a influenciadora digital que criou a personagem Tia Má. Foram 60 minutos de transmissão ao vivo pelos canais digitais do CORREIO e do iBahia (sites, páginas no Facebook e no Youtube), com direito a perguntas de entidades, especialistas e também de eleitores.

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