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NEM TE CONTO

'É uma evolução poder falar sobre racismo na TV', diz Lázaro

Ator esteve com a mulher, Taís Araújo, no 'Esquenta!' neste domingo

Redação iBahia • 24/10/2016 às 9:15 • Atualizada em 31/08/2022 às 4:11

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A participação de Taís Araújo e Lázaro Ramos no programa "Esquenta!", neste domingo à tarde, poderia ter se resumido apenas à divertida performance do casal como Michelle e Brau, da série "Mister Brau". Mas os dois, conhecidos por não fugirem de temas delicados (você se lembra de quando Taís foi vítima de racismo nas redes sociais?), abordaram com naturalidade a questão da desigualdade racial no Brasil.
Ao ser questionado por Regina Casé se já havia sofrido preconceito, Lázaro Ramos contou ter sido vigiado por seguranças dentro de supermercados diversas vezes, o que ele afirmou ser uma situação constante na vida de quem é negro. E ressaltou a importância do debate público sobre o racismo:
— Acho que é uma grande evolução a gente poder falar sobre isso num domingo à tarde. Tem muita gente que diz que é mimimi, que estamos reclamando de barriga cheia, que não se deve falar sobre esse assunto. Não, eu acho o contrário. A gente deve falar sobre isso sim, porque é uma ferida enorme na nossa sociedade — disse o ator, finalizando:
— Sei que tem gente na rede social dizendo "ai, que assunto chato, falando disso de novo". Não, gatão, não é chato não. Isso aí é para a gente ser cidadão.
Instigado pela apresentadora a falar sobre como a televisão poderia ser mais inclusiva, Lázaro destacou a importância de haver mais diversidade também por trás das câmeras, com roteiristas e diretores que ajudem a contrar histórias mais variadas ou fotógrafos que saibam como iluminar a pele negra.
— O que eu espero é que a gente esteja em todos os lugares e em uma quantidade muito maior. Inclusive essa é um pouco a nossa luta — afirmou o ator, que está viajando pelo país com o espetáculo "O topo da montanha", onde interpreta o ativista Martin Luther King.
No programa, Regina Casé ainda apresentou o casal a Mirna, aluna de medicina da Uerj, passista da Salgueiro e moradora de uma favela. Ao ouvir a história da estudante, Taís se emocionou:
— Você não sabe o quanto você é importante para mim. Para mim, para a minha filha, para todas as meninas deste país. É muito importante o Brasil saber que você existe — disse a atriz.

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