“Brasil Afora” - O disco começa com um naipe de metais de skazinho e termina com uma guitarra distorcida. Mais do que uma viagem pelo Brasil, como indica a música que batiza o álbum, é uma jornada pelo melhor e o melhor dos Paralamas.
As composições trazem Herbert sozinho, com parceiros, fazendo uma versão pro amigo argentino (Fito Paez), e, ainda, músicas só de parceiros. Os arranjos são uma mostra dos Paralamas em sua essência mais pura: o “power trio” - formado por Herbert (guitarra e voz), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria). O disco também traz canções com levadas no teclado (João Fera), climas criados em percussão árabe, a tradicional sessão de metais em brasa e um convidado aqui e outro ali. Além disso, tem rock clássico, rock de garagem, ritmos brasileiros, cheiro de Jamaica e baladas.
Portanto, "Brasil Afora" é uma revisão na carreira, porém, sem essa intenção. É a prova de que a estrada é a melhor escola e a melhor maneira de apontar para um futuro com tantas possibilidades quanto permite o repertório sereno e sem “afobação” do Paralamas. A identidade da banda é aquela mesma de grandes discos como "Passo do Lui", "Selvagem?", "Severino" ou "Hey Na Na", com a confiança tranqüila de quem sabe o papel que tem na música brasileira.
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