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'Sou consciente dos meus privilégios', diz Ewbank sobre ser mulher branca na luta contra o racismo

Esta é a segunda vez que a família lida com um ataque racista. O primeiro episódio aconteceu em 2017, contra Titi na web

Redação iBahia • 01/08/2022 às 6:58 • Atualizada em 26/08/2022 às 19:34

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A atriz e apresentadora Giovanna Ewbank viveu ao lado do companheiro, o ator Bruno Gagliasso um momento de terror ao ver os filhos serem vítimas de racismo em um restaurante de Portugal, no último final de semana.

Na ocasião, a brasileira não conteve a ira e partiu para cima da agressora, uma mulher branca, que xingou não só Titi e Bless, filhos do casal, como uma família de angolanos que estava no local, "pedindo" para que eles voltassem para a África, além de chamá-los de pretos imundos.

Em entrevista ao Fantástico, Bruno e Ewbank falaram pela primeira vez sobre o episódio e a apresentadora contou o que acha que fez sua reação viralizar, além do fato de ser famosa.

"Acho que ela nunca esperava que uma mulher branca fosse combatê-la como eu fui, daquela maneira. Eu sei que eu, como mulher branca, indo lá confrontá-la, a minha fala vai ser validada. Eu não vou sair com a louca, a raivosa, como acontece com tantas outras mães pretas, que são leoas todos os dias, assim como eu fui nesse episódio".

Este não foi o primeiro episódio racista que a família teve que enfrentar. Em 2017, Titi foi alvo de comentários nas redes sociais e na época, Giovanna revelou que não se sentia preparada para lidar com o racismo. Questionada por Maju Coutinho sobre o que teria mudado desde então, a atriz foi direta:

"Mudou tudo, Maju. Hoje eu sou uma mulher muito consciente dos meus privilégios, eu sou uma mulher que está sempre rodeada de outras mulheres pretas, aprendendo diariamente. Vou fazer jus ao privilégio branco e vou combater de frente".

Bruno e Ewbank contaram que o restaurante escolhido para o momento em família é um local que eles sempre frequentam pela diversidade. "A gente sempre encontra muitas pessoas pretas no restaurante. Para os nossos filhos, a gente acha muito importante estarem em ambientes com pessoas pretas".

Por meio de nota, o estabelecimento se colocou a disposição da família e repudiou a conduta da cliente racista. O restaurante ainda ofereceu as imagens gravadas pelas câmeras de segurança. O consulado brasileiro também ofereceu assistência.

A mulher que cometeu o crime de racismo foi ouvida pelas autoridades e liberada. Segundo o Fantástico, o casal tem até seis meses para apresentar uma queixa crime formal às autoridades portuguesas.

O crime de racismo no país europeu tem pena 6 meses a 5 anos de prisão.

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Bruno Gagliasso Giovanna Ewbank Portugal Racismo

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