Redação Catho
Receber uma oferta de trabalho quando se está a um bom tempo procurando pode ser tranquilizador. Entretanto, neste momento de empolgação, é crucial avaliar a oferta com atenção, principalmente tendo em vista os objetivos futuros de carreira. Quando o mercado de trabalho está aquecido, surgem muitas oportunidades e a busca pela atração e retenção dos talentos fica acirrada. Cada empresa investe numa característica própria para trazer os melhores profissionais. Existem aquelas que oferecem muitos benefícios, outras que preferem manter salários mais atrativos, ou até mesmos as que distribuem prêmios ligados ao desempenho profissional individual e em grupo. O fato é que, segundo o Master Coach, André Vieira Magno, é preciso haver cautela. “Em algumas áreas onde a oferta de profissionais é grande, como administração, por exemplo, os candidatos têm mais opções, porém, consequentemente, o seu poder de barganha é reduzido, pois as organizações ditam as regras. Então, no desespero por conseguir um emprego, é aí que muita gente acaba aceitando logo de cara qualquer negócio e se arrependendo mais tarde”, alerta. A especialista em RH, Shirley Veiga, conta que para não cair numa cilada, o desempregado deve ter uma definição clara de quais são suas pretensões em relação à companhia que deseja trabalhar, a função que quer desempenhar, e principalmente, quanto vale seu trabalho. “Estes são os pilares que o fará tomar a decisão certa”, afirma. Os especialistas indicam que também é válido considerar todo o pacote de remuneração: benefícios, vantagens, ambiente de trabalho – e não apenas o pagamento. “É perfeitamente aceitável, inclusive, pedir ao empregador por algum tempo para pensar sobre isso”, garante Shirley. Abaixo, mais alguns pontos a serem ponderados: 1. Sim, dinheiro importa!
Não deve um requisito que tenha um peso maior, entretanto, é um passo importante. A oferta de salário é o que esperava? Você vai conseguir pagar suas contas? Se a resposta for não, então não aceite, pelo menos de imediato. Considere uma negociação salarial com o seu futuro empregador. Vale também conferir qual é a média salarial que o mercado está pagando para o seu cargo. Consulte o Guia de Profissões e Salários. 2. Benefícios e vantagens
Além do salário, reveja os benefícios e auxílios que a organização disponibiliza aos seus colaboradores. Na maioria das vezes, o pacote de assistências como bônus, convênio médico, seguro de vida, vale-refeição/alimentação, descontos em universidades, dentre outros, pode atrair mais do que o próprio pagamento. 3. Horário e localização
Com a busca constante de equilíbrio entre carreira, estudos e vida pessoal, talvez este seja o item mais importante a se levar em consideração na hora de aceitar um emprego. Tenha clareza sobre quantas horas você vai precisar trabalhar, e, principalmente, se a empresa fica longe da sua casa, pois isso envolverá custos maiores com transporte, além do estresse causado pela perda de tempo no trânsito e/ou entre uma condução e outra. 4. Flexibilidade e cultura da empresa
Muitos profissionais têm crianças pequenas em casa, pais idosos, enfim, diversas questões pessoais, e com isso, precisam de flexibilidade. Sendo assim, é fundamental certificar se a companhia oferece a possibilidade de ter um horário flexível, e quais são as implicações disso. Também é essencial se sentir confortável no ambiente que você vai trabalhar, portanto, se tiver dúvidas, vale pedir ao recrutador alguns minutos para visitar seu posto de trabalho e conhecer os seus potenciais colegas e gestores. 5. O que é importante para você?
Todo mundo tem um conjunto diferente de circunstâncias pessoais, siga o seu instinto – se sentir qualquer desconforto em relação à descrição da vaga ou até mesmo na hora da entrevista na empresa, não se desespere e não insista. Aproveite o tempo que seja preciso para fazer a decisão certa.Veja também:
